Vaticano: Conselho para o Diálogo Inter-religioso envia mensagem de «fraternidade» e «amizade» à comunidade hindu

Cidade do Vaticano, 22 out 2019 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso (Santa Sé) enviou uma mensagem à comunidade hindu, convidando a “viver num espírito de fraternidade e amizade”, em diálogo constante.

“A religião ensina-nos a respeitar a dignidade inviolável e os direitos inalienáveis dos outros sem preconceitos em relação ao seu credo ou cultura”, escreveu D. Miguel Ángel Ayuso Guixot.

O cardeal espanhol assinalou que, apesar do “desenvolvimento em muitas áreas”, numa época em que estão a ser “feitos esforços” para o diálogo inter-religioso e intercultural, também existem “a apatia, indiferença” e o “ódio de algumas pessoas religiosas em relação a outras”.

“Tal atitude pode surgir de sentimentos enganosos, egoístas e de antipatia que perturbam e desestabilizam o tecido da convivência harmoniosa da sociedade”, observa.

A mensagem foi enviada à comunidade hindu pela festa do Deepavali, que se celebra este domingo, recordando, segundo a tradição, a vitória da luz sobre as trevas, da verdade sobre a mentira, da vida sobre a morte e do bem sobre o mal, informa o portal ‘Vatican News’.

“Que essa festa de luz possa iluminar os seus corações e suas casas, levar alegria, felicidade, paz e prosperidade às suas famílias e comunidades. Que possa reforçar também o espírito de fraternidade uns com os outros”, desenvolve o presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.

Segundo o cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot apesar das “notícias negativas”, nos títulos dos jornais, “isso não deve diminuir a determinação de espalhar sementes de fraternidade”.

O cardeal espanhol afirma que a convicção de que “é possível” construir um mundo de fraternidade “é motivo suficiente” para se comprometerem ainda mais com os esforços para “construir o edifício da fraternidade e da convivência pacífica”.

O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso recordou os 150 anos do nascimento de Mahatma Gandhi, evocado como uma “testemunha extraordinária e corajosa da verdade, do amor e da não-violência”, protagonista “destemido” da fraternidade humana e da coexistência pacífica.

CB

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