Vaticano apela a esforço ecológico com os budistas

Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso publica mensagem por ocasião da festa do Vesakh O Vaticano deixou um apelo em favor de um trabalho conjunto entre católicos e budistas “na construção de um mundo melhor” para toda a humanidade, em especial na defesa do meio ambiente. O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso (CPDIR) tornou pública esta Terça-feira a mensagem dirigida aos budistas por ocasião da festa do Vesakh, a mais importante para estes fiéis, dado assinalar os principais acontecimentos da vida de Buda. Enviando “calorosas saudações”, o presidente do CPDIR, Cardeal Jean-Louis Tauran fala nas “relações positivas entre católicos e budistas” ao longo dos últimos anos. Como desafio conjunto, este responsável aponta as questões da ecologia, neste Ano da Terra, recordando que “cristãos e budistas respeitam a mesma criação e têm uma preocupação comum de promover o cuidado pelo ambiente que todos partilhamos”. “A preservação do ambiente, a promoção do desenvolvimento sustentável e a atenção particular às mudanças climáticas são matérias de grave preocupação para todos”, refere a mensagem. “Muitos governos, ONG’s, multinacionais e instituições de investigação, investem recursos financeiros e partilham saber sobre a biodiversidade, mudanças climáticas e protecção e conservação ambiental, reconhecendo as implicações éticas presentes em todo o desenvolvimento social e económico”, pode ler-se. Os líderes religiosos, indica o Vaticano, “são chamados a contribuir para o debate público”. Cristãos e budistas, em particular, “sempre tiveram um grande respeito pela natureza e ensinaram que devemos ser gratos protectores da Terra”. “É apenas através de uma profunda reflexão sobre a relação entre o Criador divino, a criação e as criaturas que as tentativas de enfrentar as preocupações ambientais não irão ser travadas pela ganância individual ou prejudicadas pelos interesses de grupos particulares”, refere a mensagem do CPDIR. O Vaticano aponta práticas quotidianas que devem servir para concretizar estas preocupações comuns, como “a reciclagem, a conservação da energia, a prevenção da destruição indiscriminada de vida animal e vegetal, a protecção de fontes hídricas”, levando a “um mundo limpo, seguro e harmonioso”. O Cardeal Tauran espera que as relações comuns entre católicos e budistas “fortaleçam e aprofundem o nosso conhecimento mútuo”, frisando que o diálogo leva as comunidades crentes a “partilhar a boa vontade e a harmonia que já existem”.

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