Igreja/Sociedade: «A Mongólia entende-se com os sentidos», afirmou o Papa

Francisco destacou um povo com uma «grande cultura» e considera que «fará bem entender esse silêncio, tão longo, tão grande»

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 31 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje que “a Mongólia se entende com os sentidos”, na saudação aos jornalistas a bordo do voo papal com destino ao país asiático para a sua 43ª Viagem Apostólica, com o lema ‘Esperar juntos’.

“Ir à Mongólia é ir a um povo pequeno numa terra grande. A Mongólia parece não ter fim e os habitantes são poucos, um povo pequeno (em número) de grande cultura. Acho que nos fará bem entender esse silêncio, tão longo, tão grande”, disse, informa o portal ‘Vatican News’.

Segundo Francisco, isso ajudará a entenderem “o que significa, mas não intelectualmente, com os sentidos”, realçando que “a Mongólia se entende com os sentidos”, e sugeriu “ouvir um pouco da música de Borodin”, “talvez faça bem”,

“Foi capaz de expressar o que significa essa extensão e grandeza da Mongólia”, acrescentou o Papa.

‘Esperar juntos’ é o tema da 43ª viagem apostólica, entre hoje, 31 de agosto, e 4 de setembro, ao encontro de uma Igreja com 1500 fiéis, “uma das menores do mundo”.

O Papa cumprimentou os cerca de setenta jornalistas que o acompanham no avião para a Mongólia, que descolou do Aeroporto Fiumicino, em Roma, às 18h41, com destino a Ulan Bator, capital do país; uma viagem previsto de 09h28, depois de percorrer 8278 quilómetros.

O jornalista Fausto Gasparroni, da Agência de notícias italiana Ansa, fez uma pergunta sobre o acidente onde morreram cinco trabalhadores, atropelados por um comboio, pouco depois da meia-noite desta quinta-feira, em Brandizzo, na região de Turim; o Papa respondeu que esses acidentes são sempre uma falta de cuidado, e que os trabalhadores são sagrados.

Já Eva Fernandez, da Radio Cope (Espanha), mostrou ao Papa um cantil de água de um soldado ucraniano que se salvou de uma explosão e, depois, levou aquele objeto a uma igreja em Lviv para agradecer.

A jornalista está temporariamente com esse cantil de água, que tem sinais de guerra, para poder mostrá-lo ao Papa, regressando depois à igreja com a bênção de Francisco, informa o portal de notícias do Vaticano.

O Papa vai chegar ao Aeroporto Internacional ‘Chinggis Khann’, em Ulan Bator, às 10h00 locais, 03h00 da manhã em Lisboa, onde vai realizar-se um acolhimento oficial, com Francisco a ser recebido pelo ministro do Exterior, Gombojav Zandanshatar, e segue para a Prefeitura Apostólica, a cerca de 51 quilómetros, para preparar-se para as atividades públicas, que começam no sábado, dia 2 de setembro.

Foto: Vatican Media

A Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgou o telegrama do Papa ao presidente da Itália, e informou também que Francisco, antes de sair da Casa Santa Marta para o aeroporto, “cumprimentou 12 jovens de diversas nacionalidades, hóspedes do Dormitório ‘Dono di Misericordia’.

Segundo o comunicado, estes jovens têm estado a ajudar o Dicastério para a Caridade (Santa Sé) a preparar os camiões que vão levar “alimentos para a Ucrânia”,

“Fomos saudar o Santo Padre antes da sua viagem à Mongólia. Eles se surpreenderam com esta possibilidade. Não quis dizer antes para que fosse uma surpresa. Ficaram todos muito impressionados por ter encontrado hoje o Santo Padre. É propriamente assim que atua a graça”, explicou o prefeito do dicastério, o cardeal Konrad Krajewski.

Segundo o esmoler pontifício, a ajuda humanitária vai ser levada, nos próximos dias, para a Ucrânia, e estão também está a preparar novos projetos para o país, nomeadamente a abertura de “uma grande casa em Lviv para viúvas de guerra e mães com filhos”.

CB

 

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