Uma ponte liga crianças de S. Tomé a padrinhos de Portugal

Com apenas cinco Euros por mês qualquer pessoa pode ser padrinho de uma criança de S. Tomé e Príncipe. D. Manuel António dos Santos, bispo de deste país lusófono, veio conhecer o projecto «Ponte de Esperança» que liga estas crianças aos padrinhos portugueses. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel António realçou que “S. Tomé tem necessidade em todas as áreas e a pobreza em é endémica”. E acrescenta: “todo o apoio que se dê é quase uma gota de água no oceano” Este projecto, lançado pela Cáritas de Setúbal, começou com 23 pessoas que se disponibilizaram para o lançar e apadrinhar 23 crianças. “Presentemente são 95 as crianças que contam com um padrinho português, mas Madalena Reverendo, da Direcção da Caritas Diocesana de Setúbal, informa que em São Tomé e Príncipe há ainda muitas crianças para apoiar. A Caritas de Setúbal presta apoio a três instituições sãotomenses – a Casa dos Pequeninos, em S. Tomé, o Centro Teresiano, em Angolares e o Centro de Apoio à Criança, em Ribeira Afonso. Ajuda a projectos concretos: “escola, alojamento de crianças” – disse o bispo. D. Manuel António dos Santos antes de ser ordenado bispo daquele país esteve a trabalhar pastoralmente na diocese de Setúbal. No entanto, “este projecto é anterior à minha ida para este país lusófono” – avançou. Com o anterior bispo, D. Abílio Ribas, já existia uma relação estreita da Cáritas de Setúbal com S. Tomé e Príncipe. Como a pobreza “é mais que muita, as ajudas são sempre bem vindas”. É fundamental que esta ajuda seja feita “através de instituições credíveis, se tal não acontecer pode-se perder tudo” – sublinha o bispo. Os padrinhos das crianças de S. Tomé estão espalhados por Portugal. No entanto, “um bom grupo é da zona de Setúbal”. E apela: “espero que o número de crianças a apoiar aumente”. Quando foi para S. Tomé e Príncipe, D. Manuel António dos Santos já conhecia a realidade eclesial e social. Agora é “mãos à obra e tentar concretizar os projectos de ajuda à população carente” – frisou. Este projecto funciona em parceria com a Caritas daquele país africano e o apadrinhamento pode ser iniciado por um pedido em Portugal ou em São Tomé e Príncipe. A Caritas solicita nomes de crianças que precisam de apoio. Em Portugal são recebidas informações com os dados biográficos da criança, uma fotografia e as condições da vida da criança na família ou na instituição onde se encontra. O padrinho pode fazer uma proposta de adesão, onde manifesta as razões que o levam a querer apadrinhar uma criança. “Por vezes recebemos listas de lá com o nome de crianças a precisar de ser apoiadas, e cá desenvolvemos contactos para que surjam padrinhos interessados nesse apoio” – salienta Madalena Reverendo. O objectivo desta «Ponte de Esperança» é “termos consciência que uma criança está a ser ajudada e sabe que alguém, em Portugal, está a pensar nela”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top