Um Papa do fim do mundo

A escolha de Francisco representa uma nova forma de comunicar, de viver e de celebrar a fé que chegar ao Vaticano.

Francisco é o Papa da Igreja Católica.

Na varanda central da Basílica Vaticana, onde sempre se apresentou como “Bispo de Roma”, mostrou-se determinado a iniciar um “caminho de fraternidade, de amor, de confiança” com todo o povo.

Sem estar entre os “papabile” desta eleição, o cardeal Bergoglio emergia como uma possibilidade, recordando-se o relevo que teve há oito anos, quando foi eleito Bento XVI e o seu nome era referido como estando entre os candidatos.

Surge agora, aos 76 anos, e na certeza de que o foram buscar “quase ao fim do mundo”.

Ser da América Latina é muito mais do que uma curiosidade estatística. Sem lhe retirar o facto ficar na história como o primeiro Papa do Continente Americano, a escolha de Francisco representa uma nova forma de comunicar, de viver e de celebrar a fé que chega ao Vaticano.

As palavras, os gestos e a atitude diante do povo que o esperou, durante uma tarde de chuva em Roma, revelam essa diferença. Que ficará para sempre marcada por esse pedido que dirigiu a todo o povo: antes de dar a bênção, pediu-a a todos os que preenchiam a Praça de S. Pedro.

E fez-se silêncio.

“É a oração do povo, pedindo a bênção para o seu Bispo”, disse depois de pedir a oração de todos para que fosse abençoado pelo Senhor!

“Até breve. Boa noite e bom descanso”.

Até breve, Santo Padre. Ou, como Francisco preferiu sempre dizer: até breve, Bispo de Roma…

O que é que esta diferença vai significar?

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