Um olhar europeu sobre as vocações

Porto vai acolher, esta semana, Congresso Europeu das Vocações para uma «Europa com futuro humano e cristão» No início de Julho, a pastoral das vocações vai lançar um olhar sobre o contexto vocacional que a Europa enfrenta e a partir daí procurar uma acção concertada e amadurecida. O Porto vai acolher o Congresso Europeu das Vocações sobre «Samaritanos da Esperança para uma Europa com futuro humano e cristão”, numa organização da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios com a colaboração do Serviço Europeu das Vocações. A reflexão não pretende ser exclusiva ao contexto europeu – está inclusivamente prevista uma conferência de George Weigel, membro do Ethics and Public Policy Center de Washington e a organização conta já com a inscrição da Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América. No entanto, e embora muitos traços sejam comuns, a Igreja e as vocações “enfrentam panoramas diferentes, felizmente”, explica à Agência ECCLESIA, o Pe. Jorge Madureira, Director do Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações e secretário da Comissão responsável pela organização. Comum é o desejo de uma Europa mais “humana e cristã” que ganha “maior sentido na hora actual”, explica. O Congresso quer reflectir sobre a Europa actual e orientar o expressar da vocação, “não do ponto de vista funcional mas por uma essência de proximidade às necessidade da humanidade, sobretudo num contexto europeu de profunda desumanização e perda do sentido da fé”, afirma o director diocesano. O Serviço Europeu das Vocações procura “coordenador e conjugar” a acção que possa ser comum, seguindo orientações do Segundo Concílio do Vaticano, e que são retomadas “de forma aprofundada no documento «Novas vocações para uma nova Europa», saído do Congresso de Roma, em 1997” e que será reflectido entre os dias 3 e 6 de Julho. “Procura-se a construção do projecto humano e cristão na Europa”, explica o Pe. Jorge Madureira, contemplando a diversidade que as igrejas nacionais têm e “os diferentes problemas que enfrentam”. No entanto, Jorge Madureira aponta que “a Europa enfrenta problemas muito semelhantes, pois a conjuntura de transformações sociais e culturais estende-se a todo o continente”. O Director do Secretariado da Pastoral das Vocações do Porto afirma ser preciso atingir o estado adulto da pastoral vocacional. A pastoral vocacional “não assenta no recrutamento mas numa acção de toda a comunidade eclesial e quando essa descoberta se faz, significa um momento de renovação, para a própria igreja, para as comunidades eclesiais”. Esta descoberta acontece a partir da “consciência que cada vocacionado tem da sua identidade e missão”, um processo que é “automaticamente renovador”, sublinha, indicando que só numa base “mais alargada, que corresponde a todos os que se sentem chamados, se caminha para uma maturidade”. O director diocesano afirma que esta vocação comum “ainda não está suficientemente assimilada” por todos os agentes e comunidades eclesiais. As estruturas que se têm constituído, “e algumas dão ainda os primeiros passos”, aponta, fazem crer “que se está a trabalhar na direcção correcta”, afirma, reconhecendo a necessidade de um “contínuo esforço e alargamento da acção a um número mais vasto de pessoas”.

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