Ucrânia: Papa denuncia «situação terrível» e «monstruosidades»

Enviado especial de Francisco apresentou-lhe relatos sobre «cadáveres torturados»

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 21 set 2022 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje no Vaticano a situação “terrível” na Ucrânia, provocada pela invasão russa, sublinhando que recebeu relatos de “monstruosidades”.

“Gostaria de tornar presente a terrível situação da martirizada Ucrânia”, disse, no final da audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.

Francisco disse ter falado ao telefone, esta terça-feira, com o cardeal Konrad Krajewski, na sua quarta missão ao país, como enviado especial do Papa, que tem estado a distribuir ajuda na zona de Odessa e nas regiões orientais da Ucrânia.

“Contou-me a dor deste povo, as selvajarias, as monstruosidades, os cadáveres torturados que se encontram”, indicou.

O cardeal polaco, prefeito do novo Dicastério para o Serviço da Caridade, esteve em Isyum, junto de uma vala comum.

“Unamo-nos a este povo, tão nobre e mártir”, pediu o Papa.

Francisco, que dedicou a sua catequese à recente viagem ao Cazaquistão, renovou alertas contra o uso de armas nucleares.

“Esta trágica guerra faz com que alguns pensem nas armas nucleares, nessa loucura, mas este país [Cazaquistão] disse, desde o início, ‘não’ às armas nucleares”, declarou.

A Rússia anunciou hoje a mobilização de 300 mil reservistas e reconheceu que o país perdeu 5937 soldados na intervenção militar iniciada a 24 de fevereiro.

A guerra na Ucrânia provocou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

OC

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