IV Jornadas Nacionais da Pastoral do Turismo decorrem em Lisboa, nos dias 25 e 26 de outubro
Lisboa, 24 out 2019 (Ecclesia) – As Jornadas Nacionais da Pastoral do Turismo, com início esta sexta-feira, em Lisboa, vão apostar na valorização de canais de comunicação e potenciar este setor dentro da Igreja Católica.
José Manuel Pimenta, do Departamento de Turismo do Patriarcado de Lisboa, reconhece o quanto a comunicação “já integra parte importante” da organização dos espaços eclesiais.
“Esta é uma realidade muito importante hoje na vida de muitos mosteiros, igrejas, conventos e monumentos religiosos e constitui uma parte fundamental, manifestado nas estruturas e horários de funcionamento dos espaços”, explica à Agência ECCLESIA.
A 4ª edição das Jornadas Nacionais quer acentuar a “comunicação” e colocar em diálogo práticas de diferentes dioceses.
“No encontro nacional estarão presentes realidades locais, não apenas de Lisboa. O objetivo é proporcionar uma partilha de experiências, pontes e apoios entre dioceses, havendo um ganho mútuo”, frisa José Manuel Pimenta.
A boa comunicação pode ser uma porta de entrada para os turistas visitarem espaços e percorrerem rotas temáticas.
O setor de Turismo do Patriarcado de Lisboa está a desenvolver uma formação avançada de guias intérpretes, em parceria com a Universidade Católica: o padre António Pedro Boto, professor desta proposta educativa, vai estar nas Jornadas para abordar este tema.
“É importante que o faça corretamente, explicando a centralidade, por exemplo, dos sacrários, da posição de uma imagem de Nossa Senhora, a importância dos órgãos na liturgia, uma série de explicações que integram uma boa comunicação para quem visita os espaços”, traduz José Manuel Pimenta.
As novas tecnologias têm cada vez mais procura e, no Patriarcado de Lisboa, o aplicativo «Quo Vadis» oferece “um guia no bolso de cada pessoa”.
“Permite que cada pessoa possa fazer a sua rota, ou percorrer rotas propostas entre bairros de Lisboa, seguindo temas como «Fátima em Lisboa», «Santo António» ou procurar os presépios históricos”, apresenta.
José Manuel Pimenta frisou à Agência ECCLESIA a importância de as igrejas estarem abertas e disponíveis, com informações e acolhimento, para quem deseja visitar os espaços religiosos.
“Não pode haver barreiras a quem quer entrar numa igreja e deseja sair dela mais rico espiritualmente e pessoalmente”, sublinha o responsável.
O entrevistados reconhece que muitas paróquias não estão dotadas de formação e disponibilidade de tempo, bem como fatores de segurança, para manter os espaços abertos ao público, mas acredita que a afluência turística que Portugal conhece é uma oportunidade para “cuidar do acolhimento, nas igrejas e nos museus, também no acompanhamento de quem os visita, esclarecendo sobre os locais que se está a visitar”.
“As igrejas são caminhos de beleza para uma experiência de fé que pode levar outros que não creem a fazer”, conclui.
LS/OC