Trabalho em rede nos museus da Igreja

Associação nacional quer afastar o isolamento e ensaiar novos modelos de parceria entre as diversas instituições A Associação Portuguesa dos Museus da Igreja Católica (APMIC) alerta para que os museus da igreja “deixem de trabalhar isolados – onde cada um está entregue às suas preocupações -, mas devem ensaiar novos modelos de trabalho em parceria” – disse à Agência ECCLESIA José António Falcão, Presidente da APMIC. Santiago do Cacém acolheu hoje (dia 26 de Novembro) as II Jornadas Nacionais dos Museus da Igreja que tiveram o intuito de congregar os mais de 50 museus ligados à Igreja Católica. José António Falcão esclareceu também que se os museus da Igreja quiserem obter “financiamentos comunitários e nacionais é fundamental credenciar” os museus ligados à APMIC. Sem esta qualificação – disse – “ficaremos entregues à nossa própria sorte”. Durante as jornadas, os oradores insistiram na “especificidade própria dos museus da igreja”. Estes cumprem as funções museológicas – preservar, investigar e divulgar – mas possuem também a missão “de transmitir uma mensagem evangelizadora” – acrescenta o presidente da APMIC. A Associação é uma instituição sem fins lucrativos, criada pela Conferência Episcopal Portuguesa para incrementar e coordenar a actividade dos museus eclesiásticos. Congrega museus ou instituições afins, com carácter permanente, cujo património artístico ou cultural seja prevalentemente de cariz religioso e que queiram unir esforços em ordem a melhor adquirir, preservar, estudar e tornar úteis os seus bens culturais móveis. Com um caracter heterogéneo, os museus da Igreja são “muitos ricos” e evitam a “monotonia”. Depois destas jornadas nasce a prioridade dos museus “saírem da concha e se aproximem para trabalhos mais partilhados”. E conclui: “estamos longe da perfeição, mas nota-se uma sensibilidade para estas questões”.

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