Trabalhadores cristãos de Braga com nova coordenação

António Rui Oliveira Gomes e Maria Isabel Fernandes Pereira, são respectivamente, o novo coordenador e nova vice-coordenadora da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos, LOC/MTC, eleitos na reunião da Assembleia Diocesana, órgão máximo do movimento que se reuniu hoje, 27 de Outubro, nas instalações do Centro Cultural e Pastoral Diocesano de Braga, sito na rua de S. Domingos desta cidade. Cessou funções nesta mesma actividade Fátima Almeida que foi a responsável máxima da organização na arquidiocese e que vinha acumulando esta função com a coordenação nacional da LOC/MTC, com sede em Lisboa. Esta reunião magna da LOC/MTC reuniu-se sob o lema: “Valorizar o Trabalho, Dignificar a Pessoa” e teve como primeira parte uma exposição sociológica dada pelo professor catedrático da Universidade do Minho, Manuel Silva e Costa que abordou, eloquentemente, a temática da chamada flexissegurança, apelando a que os militantes da LOC/MTC se mantenham “atentos, vigilantes e perspicazes” acerca desta nova realidade que, no seu entender “não pode pôr em causa os direitos fundamentais da pessoa” como sejam “o direito ao trabalho que é fundamental como o direito à vida” e que este, “dignamente remunerado, deve permitir a estabilidade das famílias”. Este perito, disse que não crê que “o nosso país esteja em condições de introduzir este sistema, dados os seus enormes custos financeiros, calculados em 4 200 000 000,00 de euros anuais”, mas que, “com uma ou outra cambiante, este modelo vai acabar por ser implementado” e que “os sindicatos têm de ter uma estratégica muito sagaz, pois quase tudo vai ser alterado nas relações do trabalho: a flexibilidade do vínculo laboral, do tempo/horário, do salário, das funções, do espaço geográfico da prestação do serviço, das contratações, das transferências de funções, dos despedimentos”. Referiu ainda o orador que a tendência legislativa neste domínio é tornar tudo mais “levezinho” e que esta é “uma estratégia política que “nasce de cima para baixo” a partir da exigência dos grupos económicos e já consignada no livro verde da União Europeia e no livro branco do governo português. Tratou-se pois de uma reflexão muito estimulante, que resultou em compromissos e actividades incluídas no extenso plano de acção do movimento para o próximo triénio, aprovado na assembleia. Esta mesma reunião deliberativa aprovou ainda o relatório de actividades dos três últimos anos e as contas do exercício do corrente ano; bem como o orçamento para o ano próximo. A assembleia contou também com espaços de oração e da Celebração Eucarística.

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