Terra Santa: Cáritas Jerusalém pede à Comunidade Internacional que ponha fim à violência contínua

Cáritas Internacional informa que «por motivos de segurança» as operações no terreno «foram suspensas»

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 11 out 2023 (Ecclesia) – A Cáritas Jerusalém pede à Comunidade Internacional que “ponha fim à violência contínua na Terra Santa” e, por motivos de segurança, suspendeu “todas as operações no campo” devido à “escalada da violência e distúrbios”, desde sábado.

“Queremos expressar a nossa profunda preocupação com a escalada da situação na Terra Santa, particularmente com o sofrimento das pessoas mais vulneráveis que apoiamos. Imploramos à comunidade internacional que use sua influência para interromper rapidamente essa violência contínua e lutar por uma solução justa para todas as partes envolvidas”, pediu o secretário-geral da Cáritas Jerusalém, numa nota enviada à Agência ECCLESIA, pela Cáritas Internacional.

O Estado de Israel e o grupo Hamas estão em guerra, desde sábado, dia 7 de outubro, após um ataque do movimento islamista palestiniano, de orientação sunita, no Shabbat, dia de descanso semanal dos judeus, e no último dia das celebrações do Sukkot.; em Israel e em Gaza contam-se cerca de três mil mortos, entre civis, soldados israelitas e combatentes palestinianos.

Anton Asfar, secretário-geral da Cáritas Jerusalém, acrescentou que é muito preocupante a grande perda de vidas e que a Comunidade Internacional não deve ser indiferente à situação daqueles que sofrem com o decorrer da guerra.

A Cáritas Jerusalém informa também que todas as instituições educacionais e instalações recreativas em Jerusalém “estão fechadas, juntamente com o encerramento dos postos de controlo da Cisjordânia”.

Segundo a organização solidária, membro da Cáritas Internacional, muitas pessoas têm recursos limitados ou acesso a necessidades básicas, incluindo eletricidade, a ONU – Organização das Nações Unidas informa que mais de 123 mil habitantes de Gaza foram deslocados devido à escalada da violência, nomeadamente a equipa da Cáritas Jerusalém, e cerca de 74 mil dessas pessoas estão à procura de abrigo em escolas, por causa das “casas danificadas ou completamente destruídas”.

A Caritas Jerusalém lançou um Sistema de Apoio à Equipa de Gaza, o ‘Together Putting Love into Action’ (TPLA), que é dedicado a “fornecer assistência vital e solidariedade” aos colegas que têm a sua base em Gaza e “estão a enfrentar circunstâncias extremamente desafiadoras e complexas”.

“A nossa confederação garante à Caritas Jerusalém apoio. Oramos pela paz e pedimos a ambas as partes que respeitem o Direito Humanitário Internacional e garantam o acesso à assistência humanitária às pessoas necessitadas”, refere o secretário-geral da Cáritas Internationalis, Alistair Dutton.

O Papa apelou esta quarta-feira, no Vaticano, à libertação imediata de reféns israelitas nas mãos do Hamas e ao fim do cerco a Gaza, Francisco já telefonou duas vezes para o pároco de Gaza, padre Gabriel Romanelli, e no domingo pediu o fim da violência; os patriarcas e chefes das Igrejas em Jerusalém condenaram “atos que tenham como alvo civis, independentemente da nacionalidade, etnia ou fé”, numa declaração no sábado.

CB

 

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