Israel/Palestina: Papa Francisco preocupado com a guerra e já telefonou duas vezes para Gaza

“Na comunidade cristã não há mortos nem feridos, apenas deslocados”, padre Gabriel Romanelli.

Foto EPA/Lusa

Cidade do Vaticano, 10 out 2023 (Ecclesia) – O pároco de Gaza, padre Gabriel Romanelli, já recebeu dois telefonemas do Papa Francisco para se inteirar da situação naquela região depois dos bombardeamentos israelitas após os ataques do Hamas.

“Não há mortos ou feridos na comunidade cristã, que está hospedar 150 famílias deslocadas”, referiu o padre Gabriel Romanelli ao site VaticanNews.

Nos telefonemas o Francisco tem manifestado a “sua proximidade e oração” para com aquelas pessoas e pediu para que “as armas se calassem” porque “o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução”, lê-se.

O custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton, que está em Jerusalém há oito anos, refere ao mesmo portal de notícias que “a cidade está meio vazia, como nos tempos do confinamento e, em toda parte, parece haver medo do que ainda pode acontecer”.

Os frades, como a maioria da população civil árabe e israelita, permanece em casa, e tenta perceber através dos meios de comunicação o que “está a acontecer na região”, sublinhou o padre Francesco Patton.

No sábado, dia 07 deste mês, o Hamas atacou o Estado de Israel e “a dinâmica do ataque deixou todos surpreendidos e perplexos” e até “as próprias forças armadas israelitas foram apanhadas de surpresa e não conseguiram prever e conter tal ataque interno”

A minoria cristã da Terra Santa corre “novamente o risco de ser comprimida por um conflito no qual não participa”, lamenta.

“Para os cristãos árabes desta terra, a aspiração legítima de criar aqui um Estado da Palestina nunca se traduz em ações violentas ou abusivas”.

No mês de outubro realizam-se muitas peregrinações à Terra Santa e “muitos peregrinos já deixaram o país e outros vão fazê-lo nos próximos dias”,

Com a coordenação do patriarca greco-ortodoxo, Teófilo III, foi emitido um comunicado conjunto de todos os chefes das Igrejas cristãs, em Jerusalém, que “é basicamente uma invocação à paz e ao silêncio imediato das armas”, salienta.

LFS

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