Teologia/UCP: O que fez a Europa pelo seu baptismo?

Adriano Moreira deixa pergunta nas Jornadas de Estudos Teológicos da Universidade Católica, em Lisboa

Lisboa, 17 Fev (Ecclesia) – Adriano Moreira defendeu hoje na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, que “a falta de confiança e de liderança consentiram o relativismo que vivemos actualmente”.

Na XXXII Jornada de Estudos Teológicos, subordinada ao tema «Sinais dos Tempos», o orador proferiu uma conferência sobre «Um mundo em transformação: que sinais de esperança?». É altura de perguntar à Europa – tal como fez João Paulo II -: “o que fizeste pelo teu Baptismo?”

“Há países e regiões que só podem sobreviver pela solidariedade e a Europa é um exemplo” – afirmou o conferencista no encerramento da jornada.

Os «países baleia» (muito grandes) como lhe chama Adriano Moreira são poucos. “O regionalismo é o futuro para nós” – acentua. A época actual está a “dar sinais da desagregação desse projecto” e “é preciso lutar contra isso”.

Enquanto que até ao século anterior as principais Faculdades “foram as das Humanidades, agora são as que têm menos importância para toda a gente que julga que sabe reformar a educação”.

Na sua lição histórica, o antigo professor universitário realça que “é urgente defender as populações que são vítimas passivas” da crueldade dos homens. “O homem e a Europa precisam de assumir que são aliados naturais na luta contra a pobreza” – disse.

Os progressos contra a pobreza extrema são evidentes, mas é “preciso fazer mais”. As migrações populacionais “acentuam-se”, não apenas pela pobreza crescente, mas também pelas “alterações climáticas” – referiu.

A geografia da pobreza já “atingiu a Europa” – salienta Adriano Moreira. E completa: “A insuficiência do Tratado de Lisboa já está em apreciação”.

LFS

 

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