Tenha um coração de ouro…

Luísa Gonçalves, Diocese do Funchal

Não é difícil ouvir por alguém comentar que fez um gesto de coração. Ou que procurou no coração a força e a coragem para tomar determinada decisão. Ou ainda que este ou aquele ato foram feitos por alguém com um grande coração ou até por alguém sem coração.

Culturalmente na nossa sociedade, o coração e os sentimentos estão relacionados, seja em crenças populares, histórias, metáforas ou expressões.

Diz-se que é no coração que se origina o amor, a generosidade, a coragem. Mas é de lá também que apontam o surgimento da tristeza, da mágoa, da raiva. É como se os nossos sentimentos passassem e por ali deixassem as suas marcas, tanto as positivas como as negativas.

Todos nós sabemos que o cérebro é a base do comportamento humano, dos sentimentos e pensamentos. No entanto, cada vez mais a ciência está convencida que a influência das emoções sobre o nosso sistema cardiológico é real.

Ao longo dos últimos anos há estudos comprovando que as experiências que passamos durante a vida, quando geram sentimentos como amor, raiva, alegria, irritação e tristeza, afetam diretamente o coração e podem gerar alterações significativas no funcionamento do órgão.

Da mesma maneira, as doenças cardíacas também podem manifestar emoções, como o medo, a tristeza e a ansiedade, revelando que há reciprocidade nessa interação entre mente e coração.

Por isso, neste mês de maio, Mês do Coração, não se esqueça de cuidar do seu coração enquanto órgão vital para a sua existência, mas também como aquele “lugar” onde nascem as emoções que podem marcar essa existência pela positiva ou pela negativa.

E se nesse coração couber Maria, a quem o mês também é dedicado, então tem todas as razões, e mais algumas, para dizer que tem um coração de ouro.

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Agência ECCLESIA

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