Taizé: Prior da comunidade ecuménica aponta ao reforço da «unidade», para enfrentar o pós-pandemia

Irmão Alois publica carta anual, para 2022

Foto: Taize.fr

Taizé, França, 29 dez 2021 (Ecclesia) – O prior da comunidade ecuménica de Taizé publicou esta terça-feira a sua carta anual, para 2022, em que apela aos jovens cristãos para que se tornem “artesãos de unidade”.

“Fazer crescer a paz, criar laços: eis um dos grandes desafios do nosso tempo”, escreve o irmão Alois, em texto divulgado online.

O responsável sublinha que a experiência da pandemia reforçou a ideia de pertença a “uma mesma família humana”, mas também gerou um ambiente “cada vez mais polarizado, em termos sociais, políticos e éticos”.

“Fazer crescer a unidade implica rejeitar as desigualdades sociais. Algumas polarizações têm a sua origem na exclusão sofrida ou sentida por tantas pessoas ou mesmo por povos inteiros”, observa.

A carta evoca as divisões entre cristãos e a desconfiança gerada, em muitos países, pela “revelação de agressões sexuais e abusos espirituais”.

O documento deixa um conjunto de seis propostas para 2022, convidando os leitores a questionar-se: “Que papel podemos desempenhar para fazer crescer a unidade na família humana e em toda a criação, com os que nos são próximos, nas nossas Igrejas e comunidades e até nos nossos próprios corações?”.

“Alegria em receber”, “Privilegiar o diálogo”, “Fraternidade entre todos”, “Solidariedade para com toda a criação”, “A paixão pela unidade dos cristãos” e “Deixar Deus unificar os nossos corações” são os desafios lançados pelo irmão Alois.

A carta foi divulgada no dia em que começou o Encontro Europeu de Jovens, este ano com formato online, devido à pandemia, com transmissões a partir de Turim, na Itália.

A comunidade ecuménica de Taizé, sediada a cerca de 360 quilómetros de Paris, congrega uma centena de monges de várias Igrejas cristãs, de mais de 30 países, incluindo Portugal; foi fundada a 20 de agosto de 1940, por Roger Schutz, pastor protestante suíço, e começou por acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães.

OC

 

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Agência ECCLESIA

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