Taizé: Comunidade provisória levou três voluntárias a Torres Vedras

Rebecca, Sarah e Denisa viajaram até Portugal para partilharem com as pessoas a alegria de «viver a vida com Deus»

Torres Vedras, Lisboa, 01 set 2016 (Ecclesia) – Vieram da Alemanha e da Eslováquia para formarem uma comunidade provisória de Taizé em Torres Vedras: a Agência ECCLESIA acompanhou o dia de Rebecca, Sarah e Denisa, que rezaram, cantaram e levaram alegria aos idosos da região.

“Levo tanto daqui, que não sei contabilizar. As pessoas aqui são tão abertas e recebem-nos de uma forma tão bonita, é algo que eu vou levar comigo para casa”, realça Sarah Sarraccenia, uma jovem de 22 anos, natural de Munique.

O projeto em Torres Vedras decorreu durante quatro semanas e hoje é o último dia das três jovens na região.

As comunidades provisórias de Taizé são projetos que desafiam os mais novos a experimentarem em conjunto, e durante algumas semanas, o modo de vida proposto pelo irmão Roger, fundador da Comunidade Ecuménica de Taizé, em França.

Enviados para diversos países e regiões, eles dão testemunho do espírito de partilha e comunhão fraterna que carateriza a Comunidade, ao mesmo tempo que promovem atividades nas paróquias de acolhimento, como voluntários.

“Vivi e aprendi aqui muitas coisas especiais. Por exemplo, a aceitar o amor das pessoas, a ser paciente e agradecida por tudo o que tenho”, refere Denisa Chudiaková, que chegou a Portugal proveniente da Eslováquia.

A jovem de 24 anos, que vai ser responsável pela preparação do próximo encontro europeu de Taizé, no mês de dezembro em Riga, na Letónia, destaca a oportunidade de “partilhar com outras pessoas aquilo que aprendeu”.

“E o que Taizé nos ensina é que viver a vida com Deus é espantoso e tu tens de experimentar também”, salienta Denisa.

Rebecca, Sarah e Denisa reservaram parte do seu tempo para a dinamização de atividades com idosos e crianças do Centro Pastoral.

O programa incluiu desde a música à aprendizagem do inglês, mas as voluntárias de Taizé também tiveram de se aplicar para falar português. A boa disposição foi evidente.

“O que eu levo para casa é que não precisamos de ser super-heróis para mudar o mundo. E trabalhar com os mais velhos, com as crianças, foi muito belo. Eles abriram o seu coração, acolheram-nos, foi como se estivéssemos em casa”, recorda Rebecca Rinas.

Esta alemã de 21 anos, que atualmente está a viver em Berlim e que trabalha com pessoas portadoras de deficiência, destaca a matriz empreendedora que carateriza Taizé, que convida os cristãos à ação.

 “Não é só ir à igreja aos domingos, não”, aponta a jovem.

As três voluntárias realizaram também diversos momentos de oração com as populações, em várias igrejas da cidade.

“As pessoas vinham e depois falávamos um pouco com elas. Sentimos que as pessoas precisavam de facto destes momentos de silêncio, precisavam das músicas, das meditações. Acho que eles realmente gostaram muito destes tempos”, aponta Sarah.

Antes de partirem, as três jovens vão ainda promover um último momento de oração ao modo de Taizé, com as comunidades locais, esta quinta-feira às 21h30, no Centro Pastoral de Torres Vedras.

A próxima aventura já tem destino, será na cidade de Riga, na Letónia, para a participação no encontro europeu de Taizé 2016.

“A preparação começa daqui a três semanas, por isso não vou para casa mas para Taizé. E depois no final de setembro estarei em Riga para encontrar-me com pessoas, famílias, escolas que estão a preparar o acolhimento dos participantes”, conclui Denisa Chudiaková.

A comunidade ecuménica de Taizé foi fundada em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, pelo falecido Irmão Roger Schutz, como forma de espalhar uma mensagem de fraternidade e comunhão entre todos os povos e religiões.

JCP

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