Fundação católica denuncia situação dos cristãos em Belém

A organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) considera que em Belém, que o Papa visita esta Qurta-feira, as pessoas vivem “como numa prisão”. “Não podem entrar nem sair. Sentem-se prisioneiros e são-no, de facto”, refere Marie-Ange Siebrecht, chefe de secção da AIS, que aponta o dedo ao “muro” construído por Israel. “Estas pessoas vivem mergulhadas no medo, porque não sabem se à noite podem voltar a casa ou se o poderão fazer os seus familiares, quando acabarem o dia de trabalho ou voltarem de uma visita”, assinala, em entrevista divulgada pela organização. “Nós que vimos da Europa não o entendemos, porque quando viajamos até à Terra Santa podemos deslocar-nos livremente e entre Belém e Jerusalém é um instante. Para os palestinianos, contudo, que são a maioria da comunidade cristão, esse trajecto implica um problema imenso”, indica. Muitos habitantes de Gaza ficarão excluídos das celebrações em Belém, por falta de autorizações do governo israelita. O Papa presidirá a uma Missa na Praça da Manjedoura de Belém, 10 quilómetros a sudeste de Jerusalém. O sítio principal em Belém é a Igreja da Natividade, situada na referida Praça e construída sobre a gruta onde Jesus nasceu. O Papa fará uma visita privada à Gruta da Natividade. Bento XVI visita ainda o “Caritas Baby Hospital” de Belém e o Campo de refugiados de Aida. A estadia conclui-se com a visita de cortesia ao Presidente da autoridade Nacional Palestina, no Palácio Presidencial de Belém.

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