Solidariedade: «Não podemos ficar indiferentes ou alheios ao que sucede na Ucrânia» – D. Rui Valério

Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança alertou para defesa da «dignidade e liberdade» da «vida humana»

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Ponta Delgada, Açores, 21 mar 2022 (Ecclesia) – O bispo do Ordinariato Castrense de Portugal afirmou que se está “a destruir o próprio ser humano e o seu valor absoluto” na Ucrânia, na celebração religiosa do Dia do Comando Operacional dos Açores, este domingo, em Ponta Delgada.

“Não podemos ficar indiferentes ou alheios ao que sucede na Ucrânia, que é solo europeu: solo que está novamente transformado num campo de extermínio da vida humana, da sua dignidade e liberdade”, disse D. Rui Valério, na homilia proferida na igreja de São José.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança de Portugal afirmou que se está “a destruir o próprio ser humano e o seu valor absoluto enquanto criatura de Deus”, com a devastação de cidades, de aldeias, de hospitais, de escolas.

“Daqui elevemos ao céu um grito de súplica ao Senhor, para que ilumine a consciência da miserável e cruel potência ocupante, que nela desperte o sentido do trágico atentado que está a fazer ao ser humano e a Deus. A Rússia está a conduzir a humanidade para o abismo.”

D. Rui Valério assinala que “só” onde existe consciência de que “é o ser que determina a pessoa”, que também existe maturidade para a liberdade, “e a liberdade é fazer como própria a vontade de Deus”.

Para o bispo do Ordinariato Castrense, “não deixa de ser providencial” a coincidência que a reflexão entre identidade e liberdade surja movida pela Palavra de Deus, no Dia do Comando Operacional dos Açores.

“Na sua condição de cumpridores do dever, descobrimos que, nessa qualidade, realiza-se expressivamente a liberdade. Sem outras prerrogativas que não seja a nação, a identidade do militar constrói-se na liberdade uma vez que a sua autodeterminação é a determinação de Portugal”, desenvolveu.

Segundo D. Rui Valério, as Forças Armadas nos Açores, como noutros sítios do país, “foram e são decisivas” para enfrentar crises e superar adversidades, e a melhor forma de comemorar a vitória sobre “os nefastos efeitos da pandemia, o fazer acontecer comunidade”.

Na Eucaristia onde também foi celebrada a festa paroquial em honra de São José, o bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança recordou que como São José “escutou a voz do Altíssimo para proteger o Filho de Deus” também as Forças Armadas no Comando Operacional dos Açores responderam aos “apelos da nação para servir a pátria e os portugueses em horas e momentos de vulnerabilidade e perigo”.

A partir das leituras bíblicas, D. Rui Valério assinalou ainda que as pessoas são “a fundamental razão de ser da operacionalidade e dedicação” destes militares no Açores: “O seu principal compromisso são os portugueses e todos aqueles que, neste extenso território, marítimo, terrestre, aéreo e ciberspacial demandam a presença e intervenção das Forças Armadas”.

A celebração religiosa do dia do Comando Operacional dos Açores – extensão do Estado-Maior-General das Forças Armadas – contou com a presença de entidades militares, politicas, civis e religiosas, na igreja de São José, em Ponta Delgada.

CB/PR

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