Solidariedade: Indicadores de risco de pobreza são «um eco» do passado, considera Passos Coelho

Dados do INE comentados na assembleia da CNIS

Fátima, Santarém, 31 jan 2015 (Ecclesia) – O primeiro-ministro afirmou hoje, em Fátima, que os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) são “um eco” do que Portugal viveu e não refletem a situação atual.

“A notícia como eu referi que veio ontem [sexta-feira, ndr] divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística é um eco daquilo por que passámos, não é a situação que vivemos hoje. Reporta àquilo que foi a circunstância que vivemos, nomeadamente em 2013 que foi talvez o ano mais difícil em que o reflexo de medidas muito duras tomadas ao longo do ano de 2012 acabaram por ter por consequência”, disse Pedro Passos Coelho, citado pela Lusa.

Durante um almoço com os órgãos sociais da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), o primeiro-ministro referiu que, nessa altura, foi necessário “muito trabalho” e “muita criatividade” para preservar a “coesão social.

“Foi indispensável recorrer a muita criatividade, a muito trabalho de ampla generosidade destas instituições e, também, a um reforço de meios que o Estado teve de colocar à sua disposição para que pudéssemos ter preservado a coesão social”, defendeu Passos Coelho.

Segundo o INE, a percentagem de pessoas em risco de pobreza aumentou de 18,7% em 2012 para 19,5% em 2013, afetando quase dois milhões de portugueses.

Para o padre Lino Maia, que hoje foi eleito para um novo mandato como presidente da CNIS, é necessário fazer da “irradicação da pobreza” um “desígnio nacional”.

“Não podemos estar à mercê de voluntarismo e medidas pontuais. Temos de caminhar para uma sociedade com mais igualdade e com oportunidades para todos”, comentou o presidente da CNIS sobre o que considera o ano “provavelmente mais difícil” desde 1974.

“Não há melhor leitura do que chegar ao fim do período de ajustamento todos de cara levantada com entusiasmo”, frisou o padre Lino Maia analisando o último mandato, entre 2012-2014.

CB/PR

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