Solidariedade: Dar e receber à distância de um clique

Parceria da Entreajuda e da Cáritas Portuguesa foi apresentada em Lisboa

Lisboa, 30 abr 2014 (Ecclesia) – A plataforma «Dar e receber», uma parceria da Entreajuda e da Cáritas Portuguesa, foi apresentada hoje em Lisboa e vai ser um ponto de encontro entre as pessoas que têm e aquelas que necessitam.

“É uma forma de aproximar as instituições que trabalham na lógica da proximidade das pessoas e dos problemas para revigorar as redes de parceria que já existem”, disse à Agência ECCLESIA Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.

Através deste site na internet,  estabelece-se a ligação entre quem tem alguma coisa para dar, “seja tempo ou bens e quem precisa de receber e a busca de respostas sociais existentes em cada freguesia, tornando assim mais eficiente e organizado o trabalho dos grupos informais”, realça o comunicado de imprensa de apresentação da iniciativa.

Para Isabel Jonet, presidente da Entreajuda, esta ferramenta é “uma plataforma muito inovadora” que faz a “ponte entre quem quer dar e quem precisa de receber”.

As instituições no terreno vão estabelecer esta linha de contacto e “entregar os bens às pessoas que deles necessitam ou utilizar nas próprias instalações”, disse à Agência ECCLESIA.

No atual contexto da crise, Eugénio Fonseca defende uma “maior proximidade” entre as instituições porque a “burocracia inibe”.

Numa sociedade onde reina o desperdício, o presidente da Cáritas Portuguesa apela a um maior “aproveitamento dos bens e serviços” que as pessoas já não utilizam.

Braga, Vila Real, Viseu, Setúbal e Évora são as localidades piloto para a plataforma «Dar e receber».

A Cáritas de Évora é uma das instituições onde vai ser implementada esta ferramenta e segundo o seu presidente, Luis Rodrigues, “agarraram a ideia” porque “consideraram que era importante”.

Em Évora, a Cáritas Diocesana tem uma disseminação de contactos e “polos onde os técnicos da instituição atendem as pessoas em colaboração com as paróquias”, referiu.

Apesar da crise, as pessoas continuam a “ter gestos de solidariedade” e “há uma grande capacidade solidária das pessoas, mesmo em zonas com necessidades”.

Na cerimónia de apresentação esteve também Maria Cavaco Silva, primeira-dama, que sublinhou que estes exemplos “demonstram que a sociedade civil está viva e ativa”.

HM/LFS

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