Sociedade: «Que não sejam os mais pobres a pagar a fatura das dificuldades que estamos a viver» – D. José Ornelas (c/vídeo)

Bispo de Leiria-Fátima referiu-se ao processo sinodal e disse que estão a ser dados «passos determinantes» para a  transformação da Igreja

Foto Agência ECCLESIA/PR

Fátima, 12 out 2022 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou hoje que é necessário encontrar “consensos” para que não sejam os mais pobres, “de novo”, a “pagar a fatura” do situação económica da atualidade.

“O que é importante é que, a nível do país e nas suas relações coma União Europeia com outros países, se encontrem modos de assegurar que não sejam os mais pobres, de novo, a pagar a fatura das dificuldades que estamos a viver”, afirmou D. José Ornelas.

O bispo de Leiria-Fátima, que preside à Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de outubro ao Santuário de Fátima, disse que a atenção aos mais pobres é a “preocupação da Igreja em Portugal”, manifestada também durante a pandemia, que agora quer “encontrar caminhos para estar próximos daqueles que mais precisam”.

D. José Ornelas lembrou que este ano fica marcado por “eventos complicados”, particularmente a guerra na Ucrânia, depois da pandemia, e lembrou que Fátima permanece como referência de paz e da “preocupação com o mundo e o seu futuro”.

“Foi uma preocupação constante, também dos grupos que aqui vieram: rezar pela paz”, afirmou D. José Ornelas.

O bispo de Leiria-Fátima lembrou que a guerra “põe em causa  a segurança, antes de mais de ucranianos, dos povos vizinhos, com muitas atrocidades cometidas, que são altamente deploráveis e não têm nenhuma explicação nem desculpa”, com consequências económicas para o mundo inteiro.

“O Orçamento de Estado que foi apresentado tem uma preocupação que é um denominador comum em todos os países, que é tentar equilibrar as previsões que se fazem num quadro cujo desenrolar ainda não se conhece”, apontou.

Na conferência de imprensa de apresentação da Peregrinação Internacional Aniversária, D. José Ornelas referiu-se também ao processo sinodal em curso na Igreja Católica, referindo que estão a ser dados “passos determinantes” que “podem marcar um ciclo de desenvolvimento e de transformação da Igreja.

“O processo sinodal fez nascer esperança em muitos grupos que participaram. Na maior das paróquias, foi algo que mexeu com o modo de organizar a Igreja, contando com a participação de todos, particularmente com a contribuição laical para a corresponsabilização na condução da Igreja”, afirmou.

O bispo de Leiria-Fátima lembra que o caminho “está apenas a iniciar” e que a recolha de opiniões sobre a Igreja nas várias dioceses foi “a primeira fase”.

“Não me admira nada que tenham saído opiniões divergentes. Isso era desejável porque é no pluralismo daquilo que somos e nas convergências que procuramos que temos de encontrar caminhos para o futuro”, apontou.

A Peregrinação Internacional Aniversária de Outubro tem como tema «Levanta-te, és testemunha do que viste».

PR

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