A situação da população libanesa é cada vez mais dramática, na sequência dos contínuos bombardeamentos a que são submetidas e da falta de ajuda humanitária. O número de refugiados não pára de aumentar, chegando já a mais de um milhão. Um português em Beirute, contactado pela Agência ECCLESIA – que pediu anonimato por motivos de segurança –, deixa um “pedido gritante para que esta guerra acabe quanto antes”. O Patriarca Maronita, Cardeal Nasrallah Sfeir, condenou duramente todos os que “se aproveitam dos dramas dos seus irmãos para fazer dinheiro”. O Pe. Casimiro Gaiowy, Salesiano da casa don Bosco de El Houssoun, nos arredores de Beirute, disse à Rádio Vaticano que uma garrafa de agua pode chegar a custa 8 Euros. “Falta tudo”, sentencia, referindo que “a situação psicológica, moral, é cada vez mais difícil”. Do outro lado do conflito chega o testemunho das Carmelitas de Haifa, no Norte de Israel, que estão expostas aos perigos dos “rockets” do Hezbollah. No site Terrasanta.net, as religiosas relatam o “ribombar” da guerra e solidarizam-se com o sofrimento daqueles que já perderam tudo. Uma nota especial é deixada para a mensagem que chegou ao Líbano desde o Carmelo de Fátima. “Como poderíamos deixar de reflectir sobre o misterioso laço que une o Monte Carmelo e Fátima?”, assinalam.