Síria: Conflito alastra e cristãos vivem situação dramática, denuncia sacerdote

Lisboa, 17 mai 2012 (Ecclesia) – A situação dos cristãos na Síria “continua muito preocupante”, afirma o padre Paul Karam, diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias no Líbano, citado pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“Estamos preocupados porque os cristãos, como minoria, são o alvo mais fácil deste conflito. Irmãos sacerdotes sírios dizem-nos que a situação é dramática: estão em campo forças que querem transformar o conflito em guerra de religião, e isto seria uma tragédia”, assinala.

Segundo este sacerdote, “o conflito sírio está a ser alimentado por grupos radicais islâmicos que desejam também contagiar o Líbano”.

No início desta semana, agências de notícias davam conta de que na província de Hama, ao norte de Homes, homens armados expulsaram todas as famílias cristãs da aldeia de Al Borj Al Qastal.

Em declarações à agência Fides, o padre Karam afirma que está “muito preocupado” por dois motivos.

“O fluxo de refugiados sírios prossegue no norte do Líbano, e o conflito está a alastrar-se pelo país. Isto acontece porque interesses políticos esmagam os direitos humanos e por causa da fragilidade do nosso país, que possuiu um alargado mosaico étnico-religioso”, sublinha.

O sacerdote destaca ainda o papel determinante neste conflito de movimentos fanáticos islâmicos que fomentam o ódio entre as diversas comunidades.

“A violência nunca resolveu nada: o caminho para a reconciliação é o diálogo, o respeito pelo outro, a consideração pelo bem do país”, sublinha o responsável pelas obras missionárias no Líbano.

Sobre o conflito na Síria, o padre Karam diz que “o envio de observadores da ONU é um gesto de responsabilidade da comunidade internacional”.

AIS/OC

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