Sínodo: «Igreja tem de encontrar caminhos de inclusão na comunidade»

D. António Vitalino aborda recente assembleia sobre a família

Beja, 29 out 2015 (Ecclesia) – O bispo de Beja afirmou que o Papa manifestou “abertura e encorajamento” a todos os que trabalham junto das famílias, durante o Sínodo dos Bispos dedicado a este tema

 “Desafia toda a Igreja, nas diversas culturas e continentes, a olhar a família com novo olhar e acompanhá-la com uma nova atitude, mais evangélica e solidária”, destacou D. António Vitalino sobre o discurso conclusivo do Papa no Sínodo dos bispos.

Na reflexão semanal, enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Beja considera que o Papa Francisco “retoma a linguagem evangélica de S. João XXIII”, não para definir dogmas ou condenar o mundo mas “para incutir esperança e luz à humanidade”.

“Não se trata de negar a doutrina da Igreja e do Evangelho acerca da vontade de Deus sobre a comunidade familiar, mas de assumir a atitude de Jesus para com os doentes e feridos: A misericórdia, que não condena ou exclui, mas cura e salva”, observou D. António Vitalino, na reflexão ‘Misericórdia e família’.

Neste contexto, explica ainda que Francisco, na Eucaristia conclusiva do sínodo, referindo-se à cura do cego Bartimeu, disse que a missão da Igreja é: “Escutar, parar, olhar com empatia e ajudar os doentes e feridos a integrar-se na comunidade.”

“A Igreja não existe apenas para os bons, mas para todos e tem de encontrar caminhos de inclusão na comunidade, de cura, de reconciliação para todos os que desejam e se deixam curar”, afirma o bispo de Beja.

D. António Vitalino recorda que a diocese vai realizar uma assembleia com clero, consagrados e leigos, para acertarem o “passo da caminhada comunitária, este sábado, sobre o sínodo diocesano de Beja.

“Entrarmos no último ano do nosso sínodo mais motivados, unidos e apostólicos, levando a boa nova do amor salvífico de Deus a todas as pessoas com quem vivemos”, mobiliza.

O prelado assinala que na vasta área da diocese do baixo Alentejo existem “muitos montes e recantos dispersos, fora do olhar diário” das comunidades paroquiais, por isso, os bispos nas visitas pastorais procuram levá-las “para a atenção e cuidado dos responsáveis locais”.

Por isso, informa que estão a realizar visitas pastorais ao concelho e arciprestado de Odemira, “a maior área concelhia de Portugal”, que “abriga realidades muito díspares”: “Desde imigrantes de todos os continentes para trabalhar sobretudo na agricultura até comunidades com identidades e modos de viver diferentes do habitual da tradição alentejana”.

CB

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