Saúde: Bispo de Setúbal pede melhor comunicação entre doentes e padres

D. Gilberto Reis considera que sacramentos da Eucaristia, Reconciliação e Unção dos Doentes são «mal conhecidos»

Setúbal, 11 fev 2012 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal considera que é preciso aperfeiçoar a relação entre doentes e padres e sublinha que o principal sacramento para os católicos, a Eucaristia, precisa de ser mais bem conhecido porque contribui para curar a doença.

“É necessário melhorar a comunicação entre o doente e o pároco; entre o doente, a paróquia e o capelão hospitalar”, frisa D. Gilberto Reis na mensagem para o Dia Mundial do Doente, que a Igreja Católica assinala hoje.

O texto enviado à Agência ECCLESIA solicita aos doentes para reportarem o seu estado à paróquia ou ao capelão hospitalar, quer estejam em casa ou internados numa unidade de saúde.

O responsável agradece aos serviços e voluntários das comunidades católicas que trabalham para os doentes, lembra a ação das capelanias hospitalares e pede à Comissão de Saúde da diocese setubalense, 50 km a sul de Lisboa, que “ajude os párocos” a reorganizarem as paróquias para que possam apoiar mais pessoas.

A Comissão Nacional da Pastoral da Saúde sugeriu às paróquias que reúnam voluntários para acompanhar os doentes no domicílio, fazendo-lhes uma “visita festiva que, para além dos sacramentos, proporcione a oração em comum e lhes dê a alegria de serem membros vivos da comunidade cristã”.

O prelado salienta que “o tempo da doença não pode ser tempo perdido mas tempo de salvação” e observa que “muitas pessoas” encontram nessa ocasião “o significado da vida, a esperança e a alegria que não tinham”.

D. Gilberto Reis realça que “o amor e o sentido para a vida são tão importantes que, se faltam, a saúde física por vezes se degrada e também acontece que, quando as razões de viver são fortes, é mais fácil a recuperação do doente”, dado que a pessoa “é corpo e alma em permanente diálogo”.

O membro do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa menciona o papel da Eucaristia, Reconciliação (confissão) e Unção nos Doentes, “sacramentos mal conhecidos, que urge redescobrir, pois estão ao serviço da cura do pecado e da desesperança”.

O Semanário Agência ECCLESIA lançou um dossier dedicado ao Dia Mundial do Doente, que a Igreja Católica assinala a 11 de fevereiro, data em que evoca a aparição da Virgem Maria em Lourdes, França.

A mensagem do Papa para a ocasião intitula-se “Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!”, expressão que de acordo com a Bíblia foi proferida por Jesus a um de 10 leprosos que tinha curado.

Para D. Gilberto Reis a frase “põe em evidência a compaixão de Jesus pelos doentes, o Seu poder de os salvar e a necessidade da fé em Jesus para ser curado por Ele”.

O texto de Bento XVI chama a atenção para os “sacramentos de cura”: Reconciliação, comummente denominada Penitência ou confissão, Unção dos Doentes e Eucaristia (comunhão).

RJM

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