São João Bosco apela a revitalizar Educação

Responsável pelos Salesianos a nível nacional aponta para a necessidade de projetos baseados na «proximidade, na atenção e na solicitude»

Lisboa, 17 set 2012 (Ecclesia) – A peregrinação das relíquias de São João Bosco por Portugal, iniciativa que termina esta terça-feira em Évora, é encarada pela Província Portuguesa da Sociedade Salesiana como uma oportunidade de “revitalização” da missão educativa.

Em entrevista concedida à ECCLESIA, o responsável pela congregação a nível nacional, padre Artur Pereira, explica que a “proximidade” com aquele “rosto excecional” da Igreja Católica deve funcionar como um apelo à mudança.

“São João Bosco não é uma estátua inerte, é um homem que fala pela sua educação, pedagogia, espiritualidade, história, por um conjunto de elementos que as pessoas, conhecendo, não vão deixar de aderir de coração”, salienta o provincial.

No que respeita ao ambiente escolar – acrescenta o mesmo responsável – está sobretudo em causa a necessidade de criar uma relação baseada “na proximidade, na atenção e na solicitude”, onde “educadores e educandos se unam à volta de um projeto que a todos mova, promova e forme”.

A passagem de uma réplica da urna com os restos mortais de São João Bosco (1815-1888) pelo país está inserida na celebração do bicentenário da morte do fundador dos salesianos, marcado para daqui a três anos.

Quando a Província Portuguesa soube que iria receber as relíquias nos primeiros 15 dias de setembro, pensou que iria ter dificuldades em mobilizar as suas instituições educativas e as comunidades envolventes, mas não foi assim.

Desde o início, na Madeira, a 31 de agosto, passando por regiões como Bragança, Viana do Castelo, Porto, Setúbal e Lisboa, a adesão das pessoas à peregrinação “tem sido excecional”, adianta o padre Artur Pereira.

No último sábado, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, recebeu centenas de religiosos, leigos, professores e alunos de colégios salesianos, bem como inúmeros fiéis devotos a São João Bosco, que tiveram ocasião de homenagear pela primeira vez aquele que consideram como “pai e mestre”.

Segundo Maria Goretti, do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, “o sonho que D. Bosco teve, de salvar a juventude”, continua bem vivo “através dos seus continuadores espalhados pelo mundo”.

O site dos salesianos refere a existência de 15 700 religiosos e leigos que trabalham atualmente em 130 países e exercem a sua ação em centros juvenis, colégios, escolas de formação profissional, paróquias, lares, universidades, residências e centros de comunicação social.

“Hoje em dia há muitos jovens que continuam a necessitar desta mão amiga, mas num outro contexto, com outras metodologias”, alerta o professor Vitor Fialho, da Escola Salesiana de Évora, região que amanhã recebe a última etapa da peregrinação das relíquias de São João Bosco em território nacional.

PTE/JCP

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