Santarém: Bispo alerta para necessidade de entendimento na questão dos refugidos

«Somos convidados a colocarmo-nos do lado de Cristo a olhar a multidão e a considerar que é possível o milagre da alimentação para todos», desafia D. José Traquina

Foto: Diocese de Santarém

Santarém, 21 jun 2019 (Ecclesia) – O bispo de Santarém assinalou esta quinta-feira o Dia Mundial dos Refugiados, uma iniciativa da ONU, alertando para a necessidade de um entendimento que permita dar a estas pessoas garantias “de dignidade, de esperança, de garantia de direitos humanos”.

“Somos convidados a colocarmo-nos do lado de Cristo a olhar a multidão e a considerar que é possível o milagre da alimentação para todos”, referiu D. José Traquina, na homilia da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como Corpo de Deus.

O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana recordou as quase 70 milhões de pessoas refugidas, “obrigadas a abandonar as suas casas por causa da guerra, conflitos ou violência”.

“Em cinco meses deste ano terão morrido no Mar Mediterrâneo 600 pessoas a tentar chegar à Europa”, lamentou o responsável católico, antes de aludir à falta de consenso nos países da Europa quanto a opções políticas e humanitárias no apoio a imigrantes e refugiados

“Nalguns países é considerado crime auxiliar um refugiado. A Cáritas manifestou preocupação pelas formas de ‘repressão a migrações irregulares’, a chamada ‘criminalização da solidariedade’ que se tem difundido pela Europa”, advertiu D. José Traquina.

A homilia, divulgada hoje pela Diocese de Santarém, sublinhou que Jesus Cristo se interessou “pela multidão de pessoas”, não só “famintas de pão, mas carenciadas”.

“É verdade que a população do mundo aumentou, é verdade que muitas pessoas passam fome, mas também é verdade que são produzidos muitos alimentos que, por excesso, não chegam a ser consumidos”, observou.

OC

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