Bispo diocesano referiu-se ao ministério sacerdotal como «um serviço que exige toda a credibilidade, apesar da fragilidade de cada pessoa»
Santarém, 29 mar 22024 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirmou na homilia da Missa da Ceia do Senhor que ser sacerdote “exige toda a credibilidade”, referiu-se à Eucaristia como “celebração do amor extremo de Jesus” e disse que refeição é um “sinal de paz”.
“Aceitar convite para a mesma mesa é sinal de paz e bem estar. A refeição em comum tem uma dimensão festiva, de intervalo entre ocupações de trabalho, ponto de chegada e de partida com melhor disposição”, afirmou D. José Traquina na Missa celebrada na tarde desta quinta-feira da Semana Santa.
Na celebração que evoca a Última Ceia de Jesus com os discípulos e a instituição da Eucaristia, o bispo de Santarém disse que “uma refeição em família tem algo de ‘sagrado’”.
“Por um lado resolvemos a sustentabilidade da vida com os alimentos que tomamos, por outro lado convivemos uns com os outros porque a nossa vocação humana e a nossa realização passa por nos relacionarmos uns com os outros”, indicou.
D. José Traquina sublinhou que “com Jesus a refeição é uma grande oportunidade” e disse que é necessário “valorizar o que é comum e tão habitual como é uma refeição em família ou em grupo”, referindo-se também à Eucaristia como “celebração do amor extremo de Jesus por todos os que n’Ele creem e o sacramento continuado da sua Ressurreição”.
O bispo de Santarém comentou também o gesto do lava-pés, realizado Jesus e repetido na Missa da Ceia do Senhor, que “institui também a dimensão do serviço associado à celebração da Sua entrega na Cruz”.
“Impressiona que o Deus todo poderoso se apresente como escravo, mas é dimensão de serviço à pessoa humana que Jesus quer presente nos seus discípulos, quer ver nos pais a cuidarem dos filhos, quer ver nos esposos a cuidarem um do outro, quer ver em todos os profissionais de saúde a cuidar dos doentes, quer ver em todos os que trabalham nas residências de pessoas idosas”, afirmou.
D. José Traquina sublinhou que “cuidar da pessoa humana tem uma dimensão sagrada que Jesus confere com o gesto do lava-pés”
“O Amor celebrado na Eucaristia deve expressar-se em gestos de atenção, cuidado, amor e serviço ao próximo”, acrescentou.
O bispo de Santarém referiu-se também ao ministério sacerdotal, afirmando que se “supõe uma disponibilidade de alma e coração”.
“Estamos perante um serviço que exige toda a credibilidade, apesar da fragilidade de cada pessoa”, afirmou.
A Missa da Ceia do Senhor assinala o início do Tríduo Pascal, que celebra a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
PR
