Salão de Artigos Religiosos abriu espaço a actividades culturais

O 3.º Salão de Artigos Religiosos — “Ars Artium”, uma iniciativa organizada pela Turel, abriu as portas no Pavilhão Municipal de Barcelos, apresentando como novidade um programa cultural pontuado por concertos e palestras alusivas à temática. Realizado pelo segundo ano consecutivo em Barcelos, o certame encerrou Domingo e contou com a presença de duas dezenas de expositores nacionais e espanhóis, distribuídos por 30 stands. Os profissionais chegaram de zonas como Lisboa, Sacavém, Azeitão, Barcelos, Póvoa de Varzim, Braga, Barcelona, Madrid, Lugo, Pontevedra, entre outras. Além de vendedores de artigos e imagens religiosas, estiveram presentes fabricantes de sinos, órgãos e relógios, serviços de conservação, restauro e reabilitação e expositores com doçaria tradicional e conventual. Na abertura, a vereadora do Pelouro do Turismo e Artesanato da Câmara de Barcelos, Joana Garrido, agradeceu à Turel por manter o evento em Barcelos, concelho segundo a qual é um centro de produção de artigos religiosos e em que religiosidade está «muito representada nas peças dos artesãos». O presidente da Turel não esteve presente por razões de saúde, tendo sido representado pelo vice-presidente da cooperativa, Manuel Falcão, que leu uma mensagem de monsenhor Eduardo Melo Peixoto, em que este destacou as inovações introduzidas no Ars Artium, designadamente o Concurso de Criadores de Arte Sacra, o ano passado, e, este ano, o programa cultural. Durante a sessão foi divulgado o programa comemorativo dos 450 anos da Confraria de Nossa Senhora do Rosário da Franqueira e dos 100 anos das sua Peregrinação. Eduardo Gaio, em representação da Confraria, indicou que o programa, que decorrerá até Outubro, inclui, entre outros eventos, conferências, exposições, um festival de música, um encontro de coros, um grande prémio de ciclismo, a Festa da Família Arciprestal, saraus culturais e o lançamento de uma obra literária sobre Nossa Senhora da Franqueira e sua Confraria. Após a abertura, teve lugar uma conferência, sobre “A problemática da intervenção arquitectónica no espaço religioso”, pelo arquitecto Manuel Vieira Ferreira, ao que se seguiu a interpretação da obra “Ó Santíssima” — D. João IV, com improviso de António Vilas Boas. O programa cultural de Sábado iniciou às 14h30 com a interpretação de “4 versos”, de F. Andreu, por A. Vilas Boas, seguindo- se uma palestra, intitulada “Porquê inventariar o espólio da Igreja?”, por Ana Ferreira, responsável pela área de atelier da Signinum – Gestão do Património Cultural. Para as 16h30 estava apontada outra comunicação, por Luís Campos, responsável pela área de Conservação e Restauro daquela empresa, sobre “Intervenção de restauro como valorização do património”. Duas horas depois, Jorge Alves Barbosa deu uma palestra subordinada ao tema “A música como linguagem priviligiada no diálogo entre Deus e o Homem”. Do programa constou ainda um concerto para órgão e coro, às 21h30, na igreja de Remelhe, Barcelos, dirigido pelo maestro António Vila Boas. Domingo o certame abriu com a interpretação de “Trompete Voluntary”, de Henry Purcell, por A. Vilas Boas. Entre as 15h00 e as 21h00 foi feita a promoção e divulgação das cerimónias dos 450 anos da Confraria de Nossa Senhora do Rosário da Franqueira e dos 100 anos da sua Procissão. O programa terminou com a interpretação da obra “Batalha”, de Frey Martin y Coll, por A. Vilas Boas. Paralelamente encontrava-se patente, no Posto de Turismo de Barcelos, uma exposição com peças de artesanato religiosas, de 15 artistas, relativa ao II Concurso Nacional de Criadores de Arte Sacra. Os vencedores serão divulgados no dia 15 de Abril, após votação dos trabalhos pelos visitantes. O primeiro classificado receberá um prémio monetário de 500 euros e os segundo e terceiro um prémio de 300 euros cada. O Ars Artium realiza-se em parceria com a Câmara Municipal de Barcelos.

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