Regime de Pequim prende padres católicos em retaliação pela carta do Papa

Pelo menos 11 sacerdotes da Igreja Católica “clandestina” na China foram detidos em várias regiões do país, revelou a agência AsiaNews, do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME). A série de detenções é considerada uma resposta do regime de Pequim à carta do Papa aos católicos chineses, publicada no passado dia 30 de Junho. No Hebei, Zhejiang e Mongólia todas as actividades da Igreja clandestina, não reconhecida pelo governo chinês, foram bloqueadas, refere a AsiaNews. Durante o período de Verão, os sacerdotes realizam encontros e catequeses para jovens e adultos, mas o controlo da polícia e a a prisão de vários padres tornam impossível a realização das actividades pastorais. Segundo a AsiaNews, as prisões são uma resposta dos governos locais à Carta do Papa, considerando que “se verificou um endurecimento da posição da polícia e da Associação Patriótica Católica (controlada por Pequim, ndr) como reacção à publicação da carta”. As detenções acontecem num momento chave no processo de aproximação entre Pequim e o Vaticano, após o envio de uma carta do Papa aos católicos da China, a 30 de Junho. Já em 1999, por ocasião de alguns diálogos entre China e Vaticano sobre o restabelecimento das relações diplomáticas, se verificaram algumas prisões na tentativa de integrar a Igreja clandestina na APC,através de uma “reeducação” por parte da Igreja “oficial”.

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