RD Congo: Vaticano apela ao empenho do Governo local na resolução do conflito

Guerra civil naquele país africano já fez cerca de 3 mil mortos e um milhão de deslocados

Genebra, Suíça, 28 set 2017 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé para as Nações Unidas e outras organizações internacionais em Genebra, alertou para a “deterioração da situação humana” e as “violações aos direitos humanos” em curso na República Democrática do Congo.

Num depoimento enviado hoje à Agência ECCLESIA e feito durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, D. Ivan Jurkovic salientou que “a Santa Sé acompanha com grande preocupação” o conflito naquele país africano, que já fez “pelo menos 3 mil mortos” e “mais de um milhão de deslocados”.

O arcebispo esloveno lembrou territórios como “as províncias de Kasai, Tanganyika, North Kivu and South Kivu”, onde “milícias e grupos armados” estão a fazer “aumentar as tensões étnicas “ no país, resultando num “reforço dos ataques às populações civis”.

Na região de Kasai, “centenas de civis” foram “sumariamente executados” com total “impunidade”, devido à “debilidade do sistema judicial” do país.

Em nome do Vaticano, D. Ivan Jurkovic apelou ao governo da República Democrática do Congo para que leve à “justiça” todos quantos são “responsáveis pela violação dos direitos humanos neste país”.

A Santa Sé defende que se tomem “os passos necessários para garantir que as investigações aos responsáveis”, incluindo a “agentes do Estado” congolês que possam estar envolvidos nesses crimes, sejam feitas de modo “transparente e imparcial”.

Para o arcebispo católico, só uma atitude deste género, vinda de cima, do Estado local, poderá contribuir para a “reconciliação” e a “construção da paz” na República Democrática do Congo.

Há depois também que ter em conta toda a situação “económica” da nação, que “afeta severamente as comunidades”.

“A Santa Sé está muito apreensiva com as condições precárias em que vivem as pessoas, por causa da falta de comida, de medicamentos e o risco de epidemias”, acrescentou D. Ivan Jurkovic, que destacou de modo especial a situação das mulheres, das crianças e das pessoas mais debilitadas.

JCP

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