Que futuro para a Igreja?

O futuro da Igreja em Portugal foi o tema do debate entre os Bispos D. Carlos Azevedo, D. António Marto e D. António Francisco, transmitido esta Sexta-feira, depois do meio-dia, na Renascença. “Nós somos sempre dados a invejazinhas, ciumezinhos, a coisas que vão dividindo as pessoas e que vão criando atritos entre elas”, diz D. Carlos Azevedo, considerando que estes factores não ajudam na construção da “valorização da vocação de cada um”. Por isso, refere o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, “o caminho de todos os pastores fazer com que cada um desenvolva a sua própria vocação na correspondência aos dons do espírito e esse é um trabalho sempre a fazer”. O Bispo de Aveiro , D. António Francisco, fala, por seu lado, num dinamismo novo após o encontro com o Papa, durante a deslocação “Ad Limina Apostulorum”, donde resulta um “grande esforço de renovação”. “Creio que é o momento de nos reencontrarmos com esta centralidade de uma Igreja que é convidada a falar mais de Deus e a descobrir estes caminhos, porque aí está o essencial”, diz D. António Francisco. Ir ao fundo do coração humano é o conselho do Bispo de Leiria-Fátima. Para D. António Marto, a reforma da Igreja “não se faz só através de documentos da Conferência Episcopal, faz-se com as pessoas concretas, nas comunidades e, enquanto não se despertar a alegria, a beleza, o gosto e o gozo da fé as pessoas não se mobilizam”. “Sem irmos ao fundo do coração humano, do coração do crente, não teremos uma Igreja mobilizada e entusiasta para fazer face a estas dificuldades”, acrescenta.

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