Quaresma/Páscoa: Uma caminhada para «valorizar e praticar» uma Obra de Misericórdia por semana

Cruz da Misericórdia é o símbolo da proposta da Diocese do Porto

Porto, 02 fev 2016 (Ecclesia) – Os bispos do Porto propõem uma Caminhada de Quaresma-Páscoa intitulada ‘Pratica a misericórdia, com alegria!” (Rom 12,8) para “redescobrir e realizar” as 14 obras de misericórdia, dando tempo à “formação e à mobilização de todos”.

“A tradição das obras de misericórdia encontra, hoje, uma renovada atualidade, precisamente no fazer-se memória do essencial, que corre o risco de se perder: ou seja, o facto de a caridade ser encontro de rostos, discernimento concreto das necessidades do corpo e da alma, história quotidiana, gesto e palavra, capacidade de relação, de escuta e de atenção”, escrevem o bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, e os seus auxiliares, D. António Bessa Taipa e D. Pio Alves.

Neste contexto, ‘Praticar a misericórdia com alegria’ deve “abrir caminho, despertar criativamente” novas iniciativas e desenvolver projetos que levem ao encontro de todos que “vivem situações ou momentos de pobreza física e económica e de pobreza cultural, social ou religiosa”.

Por isso, incentivam a “valorizar e praticar” uma Obra de Misericórdia por semana, na Quaresma as corporais e no Tempo da Páscoa as obras espirituais e é proposta uma Oração Diária por semana.

A partir do título da caminhada diocesana – ’Praticar a misericórdia com alegria’ – os prelados revelam ainda que “implica valorizar” a celebração do sacramento da reconciliação.

“Sobretudo nas Igrejas jubilares, onde haja disponibilidade de horários ampliados de acolhimento e presença de pessoas que possam ir ao encontro de todos”, assinalam.

A caminhada da Igreja do Porto integra-se na “pedagogia de ação pastoral” que desejam implementar na diocese e que o Plano de Pastoral 2015/2020 propõe para motivar “todos os agentes de pastoral, mobilizar as comunidades cristãs e fortalecer o sentido de que somos uma só Igreja”.

Segundo o guião, a cruz é o “sinal maior e o símbolo expressivo” desta caminhada que dirige os passos para a “celebração do mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus”.

Por isso, estimulam a construir e decorar, semanalmente, as “duas faces da Cruz da Misericórdia”, na igreja paroquial, em grupos e no âmbito familiar.

D. António Francisco dos Santos, D. António Bessa Taipa e D. Pio Alves destacam que esta Caminhada Quaresma-Páscoa, no contexto do Ano jubilar, acontece num tempo “marcado por abençoados acontecimentos” que devem ser oportunidade para “anunciar com acrescido encanto a “alegria do Evangelho” e darem graças pelo dom da ordenação de um novo bispo.

Neste contexto, convidam a diocese para a ordenação episcopal de D. António Augusto Azevedo, novo bispo auxiliar do Porto, no dia 19 de março, às 15h30, na Catedral diocesana.

Já sobre o tempo da Páscoa, os prelados do Porto afirmam que quando “mais e melhor resplandece o rosto da misericórdia divina, que é Cristo, crucificado e ressuscitado” e indicam que são “impelidos pela alegria da ressurreição”, a partir de 27 de março.

Ainda na Páscoa, a Diocese do Porto acolhe a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, entre 10 de abril a 1 de maio, e estão programadas iniciativas que vão dar rosto de misericórdia a esta presença “junto dos doentes, dos frágeis, dos reclusos e dos sem-abrigo”.

A Quaresma que se inicia com a celebração de Cinzas, este ano a 10 de fevereiro, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

CB/OC

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