Quaresma: «É impressionante o isolamento em que tantas pessoas vivem», afirma bispo de Beja

D. João Marcos anuncia que metade da renúncia quaresmal destina-se aos cristãos da faixa de Gaza e os restantes para obras na casa episcopal, «preparando-a para receber o novo bispo»

Beja, 05 fev 2024 (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. João Marcos, escreveu na sua mensagem para a Quaresma que quando “se deixa de ter Deus no horizonte, o ser humano acaba sozinho” e lamenta “o isolamento em que tantas pessoas vivem, no território da diocese”.

“É impressionante o isolamento em que tantas pessoas vivem, no território da nossa diocese. De acordo com os dados dos Censos de 2021, quase 25.000 pessoas vivem sozinhas e destas, mais de 55% têm idade superior a 65 anos. Quando se deixa de ter Deus no horizonte, o ser humano acaba sozinho”, lê-se no documento do bispo de Beja.

Na mensagem para a Quaresma deste ano, D. João Marcos anuncia também que o fruto da renúncia quaresmal será destinado “50% aos cristãos da faixa de Gaza e 50% a obras na casa Episcopal, preparando-a para receber o novo bispo”.

O bispo de Beja lamenta também os tempos difíceis que o mundo vive com “guerras e mais guerras entre as nações, algumas mais conhecidas e comentadas diariamente, e outras quase desconhecidas”

A “corrupção também é notícia: a nossa sociedade está doente, em desagregação. O casamento não resiste às crises normais da vida e o divórcio, apresentado como solução, transforma a existência de muitas pessoas numa experiência de sucessivas frustrações”, refere a mensagem da Quaresma.

A Quaresma convida os cristãos “a refazer os relacionamentos com Deus, na oração; com os outros, na esmola; connosco e com a criação, no jejum. São estas as três ações que restituem às nossas vidas o dinamismo de pessoas libertas”, sublinha o documento.

LFS

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