Quaresma: Diocese de Viseu vai «socorrer as maiores necessidades» locais e «ajudar a Igreja sofredora» em Pemba

D. António Luciano lembra que a pandemia está a «deixar marcas e dificuldades» na vida de cada um

Foto: Cáritas Diocesana de Viseu

Viseu, 17 fev 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viseu convida a um “verdadeiro espírito de partilha e de renúncia” na Quaresma, que se inicia hoje, destacando o impacto da pandemia na vida da sociedade local e do mundo.

“A pandemia que está a deixar marcas e dificuldades na vida de cada um de nós, precisa da mensagem e vivência da fé como antídoto para a indiferença religiosa e a falta de solidariedade fraterna para com os mais pobres, doentes e necessitados”, escreve D. António Luciano na mensagem para a Quaresma 2021, enviada à Agência ECCLESIA.

O responsável informa que uma parte da renúncia quaresmal dos católicos locais vai “ajudar a Igreja sofredora” da Diocese de Pemba, na província de Cabo Delgado, em Moçambique; outra parte destina-se a “socorrer as maiores necessidades da Diocese de Viseu”.

“Buscando a alegria do Mistério Pascal, não deixemos de corresponder a este apelo e mesmo em confinamento das celebrações, não deixemos de corresponder através das nossas paróquias e da Diocese aos apelos que nos estão a ser pedidos”, acrescenta D. António Luciano, que incentiva também à partilha no peditório para a Cáritas.

Segundo o bispo de Viseu, viver uma Quaresma “diferente, atípica à tradição cristã, de vivência comunitária”, é algo de “estranho e inaceitável” e só razões de força maior, como a saúde pública de todos, pode levar à experiência deste cenário.

“As normas e regras para o confinamento decretadas pelo Governo e pela DGS, exigem que o vírus da pandemia Covid-19 e das suas variantes, nos leve neste tempo litúrgico da Quaresma a aprofundar o espírito bíblico de conversão e de mudança de vida”, assinala.

D. António Luciano explica que é preciso viver a Quaresma “marcada pela mudança interior de cada ser humano”, pela necessidade da conversão pessoal e pastoral imposta por esta pandemia, através de uma “mudança profunda da prática de vivências humanas e espirituais” que exilaram os cristãos na liberdade “exígua” das suas próprias casas, no teletrabalho, no trabalho em profissões indispensáveis.

“Deus continua a falar sempre a cada um nós, quer através da Bíblia, da vida, dos acontecimentos, das pessoas, das propostas online que a pastoral diocesana oferece a todos e especialmente às famílias”, realça.

‘Vivamos um tempo santo’, é o tema da mensagem da Quaresma e o convite do bispo de Viseu que observa que a pandemia Covid-19 e as suas consequências “destaparam” as pessoas e, agora, como cristãos querem revestir-se “do homem novo que ensina e ajuda a orientar e a procurar a Vida Nova segundo o Espírito”.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia hoje, com a celebração das Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência como preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (4 de abril, em 2021).

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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