Publicações: Novos Roteiros de Fátima apresentam «itinerários culturais e religiosos»

Centro Nacional de Cultura disponibiliza também o sítio online, www.caminhosdefatima.org

Foto Agência ECCLESIA/CB, Maria Calado, presidente do CNC, Teresa Ferreira, Turismo de Portugal, e padre Carlos Cabecinhas

Fátima, 12 set 2019 (Ecclesia) – O Centro Nacional de Cultura (CNC) apresentou hoje três novos Roteiros dos Caminhos de Fátima, que são a marcação em livro dos percursos mais frequentados pelos peregrinos, com o seu património cultural, no santuário português na Cova da Iria.

“Entendemos os Caminhos de Fátima como itinerários culturais e religiosos, estruturados num tema que está em sintonia com os objetivos de uma peregrinação, que é fazer uma caminho, em direção a um destino, numa relação com o mundo que nos rodeia”, disse a presidente do CNC.

Na sessão onde apresentou os três novos roteiros, Maria Calado explicou que “proporcionam uma verdadeira espiritualidade”, o CNC entende os caminhos como “itinerários culturais, religiosos” e cada guião tem um tema e “está em sintonia com os objetivos de peregrinação e em relação com o mundo que rodeia”.

Quem consultar um destes livros encontra o seu “tema”, a “simbólica” e os títulos da diversas jornadas que os compõem, os leitores têm informação sobre percursos mas “também levam, de forma simples, a conhecer que o rodeia, o património, a cultura, o território” e segundo a responsável, para além destas três publicações, “mais se irão seguir”.

O ‘Caminho do Tejo’, “o mais antigo” tem o rio “como estruturante”, e começa no Pavilhão de Portugal – Parque das Nações, em Lisboa; o ‘Caminho da Nazaré’, parte da vila piscatória, passa por exemplo “por vários locais marianos” e é o mais pequeno; O ‘Caminho do Norte’ que começa em Valença, no Alto Minho, é o mais “extenso”, tem 17 jornadas e uma mensagem de “diálogo inter-religioso também importante”.

Nos roteiros, onde se fica a conhecer “a história, a vida, a cultura do país”, também se cruzam com os Caminhos de Santiago e a Rota Carmelita (de Coimbra a Fátima); os livros foram impressos com descrição em três línguas – Português, Inglês e Espanhol – que apresentam a cartografia associada a cada um dos caminhos bem como conteúdos descritivos sobre cada um dos itinerários.

A presidente do Centro Nacional de Cultura lembrou que a instituição tem a sua “história e memória” “profundamente ligada” ao Santuário de Fátima, um lugar de “fé e espaço de arte”.

O reitor do Santuário de Fátima, por sua vez, começou por agradecer o “importantíssimo contributo para a valorização da experiência dos peregrinos de Fátima” e salientou que o Centro Nacional de Cultura, “pioneiro na atenção aos Caminhos de Fátima como itinerários religiosos e culturais”, “em boa hora” decidiu publicar estes roteiros.

No final, em declarações aos jornalistas, o padre Carlos Cabecinhas afirmou “o santuário é meta de peregrinação”, mas por definição é um lugar, não são os próprios caminhos, nem o santuário tem responsabilidade direta nos caminhos.

O reitor afirmou também que “acompanhou sempre” o projeto do CNC, visando “proporcionar não apenas uma experiência mais agradável, mas mais segura”.

“Temos perceção que o peregrino de Fátima procura sempre a estrada mais curta para chegar ao seu destino mas não basta que seja o caminho mais curto, é fundamental que seja também o mais seguro”, desenvolveu.

Os Roteiros dos ‘Caminhos de Fátima’, do Centro Nacional de Cultura, são uma iniciativa desenvolvida no contexto do Programa Valorizar (Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior), apoiado pelo Turismo de Portugal.

Na sessão, Teresa Ferreira, do Turismo de Portugal, assinalou que este é um projeto “bastante estruturante e estratégico” realçando que os ‘Caminhos de Fátima’ integram-se num “projeto maior”, os ‘Caminhos da Fé’, “inerentes aos valores do país e destino Portugal, que sabe acolher, um país de paz”.

Destacando os novos roteiros como uma “oferta diferenciadora e identitária”, para a responsável o Centro Nacional de Cultura conseguiu fechar este projeto com “marca refrescada e materiais que dignificam os caminhos” e “consolidam” um traçado que “compete a todos cuidar bem”.

Por sua vez, a secretária de Estado do Turismo numa mensagem em vído, salientou que Portugal “é um país de caminhos” mas que “é preciso fazê-lo em conjunto”.

“Que sejam inspiradores desta forma de ver o mundo em que é possível de mãos dadas fazermos todos os caminhos do mundo”, desejou Ana Godinho que se encontra em São Petersburgo, Rússia, onde decorre a 23.ª assembleia geral da Organização Mundial do Turismo (OMT/UNWTO).

A presidente do CNC anunciou também que têm disponível, desde hoje, o sítio online caminhosdefatima.org , com a mesma informação também em francês e pretendem disponibilizar os conteúdos “em italiano e alemão, até final do ano”.

Maria Calado destacou que o sitio na internet permite preparar o caminho, “conhecer, saber mais”, organizar o percurso e percorrer as jornadas, “ter acesso a mapa gráfico” e pontos de ligação complementares de informação, entre outros.

CB/OC

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