Publicações: Filósofo e empresário propõem «Via Sacra para Crentes e não Crentes»

José Luís Martins e Paulo Pereira da Silva apresentam reflexão sobre o sentido do sofrimento, da morte e do que está para lá dela

Lisboa, 19 fev 2015 (Ecclesia) – Um filósofo e um empresário uniram-se para escrever o livro «Via Sacra para Crentes e não Crentes», partindo das 14 estações tradicionais com que a Igreja percorre os momentos do julgamento e crucifixão de Jesus Cristo.

“Esta é uma mensagem para todos, é demasiado forte e universal para os cristãos a reclamarem só para si. O caminho que fazemos é semelhante ao de Jesus Cristo quer tenhamos ou não consciência disso, é um dom e podemos ser dom na vida das pessoas”, explicou José Luís Martins à Agência ECCLESIA.

O filósofo e cronista revelou que o livro parecia “mais difícil em teoria”, antes de começar a escrever, uma vez que depois foi descobrindo a proximidade à vida de cada um: como aconteceu com Jesus Cristo, todos caem e se levantam, todos encontram um “amigo inesperado que ajuda”.

“Ficamos contentes quando percebemos que estávamos claramente a abrir as portas e a tentar marcar a diferença, numa época caracterizada pela globalização da indiferença”, acrescentou José Luís Martins recordando o apelo do Papa na mensagem para a Quaresma.

O empresário Paulo Pereira da Silva, presidente da Renova, relata por sua vez que a Via Sacra é um ato de piedade popular que sempre o “marcou muito”.

“Aparentemente é um caminho que corre tudo mal até acabar na própria morte mas depois há a esperança da ressurreição. De alguma forma dá uma certa tranquilidade em relação à vida, ao valor do sofrimento”, explicou.

Na apresentação do livro que decorreu esta quarta-feira, na Basílica dos Mártires (Chiado), Lisboa, o professor universitário Marcelo Rebelo de Sousa destacou “a experiência muito curiosa” que levou a que se encontrassem, nesta obra, duas pessoas “completamente diferentes”.

“Como é que um não crente olha para este texto e como é que um crente vive este texto. São duas ideias e perspetivas aparentemente inversas e que se cruzam”, acrescentou, assinalando que um reflete sobre “Deus amor” e o serviço dos outros à luz da mensagem cristã”, o outro autor reflete o sentido da vida, do “amor mesmo que não haja Deus”.

A publicação apresenta o modelo “clássico” da Via Sacra, com as 14 estações, mas integra duas reflexões, uma para crentes e outra para não crentes.

O diretor-geral da Paulus Editora realçou a necessidade de os católicos falarem destes “mistérios” aos não crentes.

Nesse contexto, o padre Rui Tereso explica que o livro pretende ser um “instrumento” ao serviço da evangelização para todos, na “proximidade” pedida pelo Papa Francisco.

HM/CB/OC

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