Preocupações ecológicas no centro da ACR

As questões ecológicas, a reciclagem e a poupança da água serão os grandes temas que a Acção Católica Rural (ACR) irá reflectir este ano. Em declarações à Agência ECCLESIA, Ângela Almeida, Presidente Nacional da (ACR) realçou que o movimento “tem imensos jovens e adolescentes a trabalhar nas paróquias onde estão inseridos sobre a questão da poupança da água”. A Acção Católica Rural realizou durante o passado fim-de-semana (5 e 6 de Janeiro), em Albergaria-a-Velha, o Curso Nacional de Animadores. Nele olhou-se para os primórdios da Acção Católica (Fundamentos, História e Actualidade) e programou-se os tempos vindouros (Missão e Organização; Espiritualidade, Metodologia e Prática e Projectos de Acção). Nascida na década de 30, a Acção Católica teve um papel “fulcral no evoluir da sociedade portuguesa” – frisou Ângela Almeida. E adianta: “o grande valor da Acção Católica está no olhar crente e real da vida”. Este movimento consegue “transmitir a dualidade fé/vida”. Depois do fulgor inicial, actualmente a ACR está revitalizar-se porque “há sempre crises nos movimentos e nas estruturas”. Com o 25 de Abril de 1974, a sociedade e a Igreja mudaram por isso “tivemos que re-estruturar e repensar o movimento” – disse a Presidente Nacional da ACR. Já não são os milhares de antigamente, até porque a “sociedade é pluralista e diversificada”. “Não somos um movimento de massas, mas um fermento e consciencialização para transformar a realidade” – declara Ângela Almeida. Definir o meio onde se vive “é complicado”. E questiona: “O que é o meio urbano, rural, estudantil e operário?”. Como resposta realça que é bancária e no entanto é dirigente deste organismo eclesial. Olhar crente, formador e activo Com várias dezenas de grupos nas 14 dioceses onde estão inseridos, a ACR está muito ligada à questão da ecologia e do meio ambiente. “Queremos fazer uma ligação profunda entre as várias gerações” – sublinha. A renovação dos sectores também é uma prioridade visto que “não podemos ficar somente com o sector adulto”. Numa panóplia de apelos, os jovens têm dificuldades em escolher. Através da metodologia própria da revisão de vida, a ACR quer ajudar os jovens a descobrir um “olhar para a vida”. “Queremos transmitir um olhar crente, formador e activo” – acentua. Com cerca de 90 animadores presentes nesta acção de formação, a ACR tem cerca de 2500 militantes e cerca de mil simpatizantes. Herdeira da antiga Liga Agrária Católica (LAC/LACF) masculina e feminina, a ACR é hoje um Movimento que congrega, nas suas equipas de base paroquial, nas suas equipas diocesanas e a nível nacional, homens e mulheres, que fazem caminho apostólico conjunto, tendo se iniciado, muitos deles, nos Movimentos Juvenis Agrários (JAC/JACF) que foram a sua escola de vida e de apostolado. Uma etapa significativa na vida da Acção Católica foi a mensagem do Concílio Vaticano II sobre a “Vocação e a Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo”, em particular o decreto sobre o Apostolado dos Leigos. Este decreto faz a síntese do que os Papas, desde Pio XI, entendem por Acção Católica. Nessa síntese reconhece-se quer o contributo dos bispos de todo o mundo, reunidos em Concílio (1962/1965), quer a própria experiência dos militantes da Acção Católica que foram afirmando o seu modo peculiar de agir na Igreja e no Mundo. Alguns Elementos Históricos I –Fundação da Acção Católica como movimento de Igreja A Acção Católica (A.C.) foi fundada pelo Papa Pio XI em 1922. Princípios constitutivos reafirmados por Paulo VI em 1966. 1º Organização – A A.C. é um apostolado organizado. 2º A Formação – Os membros da A.C. tem de ter sólida formação. 3º A Acção – A A.C. vive para actuar. II – A Acção Católica Portuguesa Em 1933 – Promulgadas as bases orgânicas pelo Episcopado. Em 1934 – Aprovados os estatutos que a organizam. Em 1945 – Aprovados os novos estatutos e nova orgânica. EM 1971 – Renovação e novos princípios à luz do Vaticano II. Em 1976 – A Conferência Episcopal Portuguesa alterou substancialmente as estruturas tradicionais e deixou cada movimento a livre opção de continuar a ser, ou não, Acção Católica. III – Os movimentos da Acção Católica Rural em Portugal No princípio havia quatro organizações, duas de jovens e duas de adultos: J.A.C – J.A.C.F – Juventude Agrária Católica, masculina e feminina L.A.C – L.A.C.F – Liga Agrária Católica, masculina e feminina Em 1976 a L.A.C e a L.A.C.F deram origem à Acção Católica Rural (A.C.R) A J.A.C e a J.A.C.F originaram a J.A.R.C. A partir de 1983 a ACR passou a entregar também os ” Jovens em ACR”

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