Responsável afirma que o movimento vai estar atento na defesa da dignidade de quem trabalha
Fátima, Santarém, 18 jun 2012 (Ecclesia) – Os homens a quem os portugueses confiaram os destinos do país “não têm sido sérios, nem verdadeiros”, disse à ECCLESIA o vice-coordenador nacional da Liga Operária Católica-Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC).
No encerramento da reunião da equipa nacional deste organismo católico, José Domingues Rodrigues, considerou que os governantes da nação “têm usurpado as verdades e têm sido egoístas”.
A LOC/MTC está preocupada com o número crescente dos desempregados e com a precariedade no trabalho e, no intuito de ajudar a resolver a situação, tem feito reflexões sobre a realidade laboral e aponta “caminhos alternativos”, referiu o dirigente no final do encontro, realizado em Fátima, entre sábado e domingo.
Esta tem sido a preocupação do movimento e “continua a ser” porque “é da vida dos trabalhadores e do povo que se trata e ela está cada vez mais deteriorada e menos digna por obra das pessoas que governam, orientam e coordenam este povo”, lamentou.
A dignidade das pessoas está em causa e, segundo José Domingues Rodrigues, é “fundamental continuar a estar atento, lutar e exigir” para que os direitos sejam sentidos de forma séria.
Ao nível de mudanças, o vice-coordenador nacional da LOC/MTC aponta algumas diretivas: “O procedimento e a mentalidade das pessoas” porque os portugueses estão “cheios de filosofia e de teorias”.
As “soluções práticas” são o caminho para eliminar o desemprego e para a precariedade, afirmou e acrescenta: “é fundamental ir ao encontro das pessoas”.
Com as atuais condições sociais, o desânimo apodera-se das pessoas e até “os divórcios aumentam”, admitiu.
A situação do endividamento do país e as condições impostas pela troika merecem um reparo do número dois da LOC/MTC e aponta soluções: “É importante alargar os prazos e o conceito de empréstimo e que a solidariedade dos outros [países] seja séria” e conclui: “A Doutrina Social da Igreja tem soluções para que toda a gente possa viver melhor”.
O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva promulgou hoje, como lei, o decreto da Assembleia da República que procede à terceira alteração ao Código do Trabalho.
PTE/LFS