Portugal: Presidente da República homenageou médico Daniel Serrão

Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique foi entregue a título póstumo

Lisboa, 28 jun 2017 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa homenageou o médico Daniel Serrão, a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, numa sessão pública que decorreu esta terça-feira na Sociedade de Geografia de Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa entregou as insígnias a Maria do Rosário de Castro Quaresma Valladares Souto, viúva do médico Daniel Serrão.

O médico português, professor catedrático e investigador, faleceu aos 88 anos de idade, vítima de problemas respiratórios no dia 8 de janeiro deste ano.

O sítio na internet da presidência informa que na sessão de homenagem, antes do presidente da República, intervieram o presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Luís Aires-Barros;, o vice-presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Carlos Salema; o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Guimarães; e o professor Walter Osswald, da Universidade do Porto e da Universidade Católica Portuguesa, entre outros.

Daniel Serrão, membro honorário da Academia Pontifícia para a Vida (Santa Sé), onde chegou a convite do Papa João Paulo II, em 1994, destacou-se pelo seu papel no desenvolvimento da Anatomia Patológica em Portugal, a atenção ao sistema nacional de saúde e a reflexão, com reconhecimento internacional, na área da ética médica e da bioética.

O professor catedrático de Anatomia Patológica na Faculdade de Medicina do Porto e diretor do serviço de Anatomia Patológica do Hospital de S. João destacou-se pelas posições em defesa da vida, no debate público sobre temas como o aborto, a procriação medicamente assistida ou a eutanásia; em 2014, foi uma das 84 personalidades da sociedade portuguesa a subscrever um manifesto que exigia um referendo à lei da coadoção por pessoas do mesmo sexo.

Daniel dos Santos Pinto Serrão, antigo dirigente da Associação de Médicos Católicos Portugueses, já tinha sido agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada, em novembro de 2008, pelo então presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reconhecendo o seu contributo para o desenvolvimento da bioética no país.

CB/OC

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