Igreja quer conhecer realidade para «fazer mais» na resposta aos problemas
Fátima, Santarém, 09 jul 2013 (Ecclesia) – Os bispos portugueses anunciaram hoje em Fátima que o seu Observatório Social vai começar a trabalhar em duas dioceses, antes de se estender a todo o território nacional, “para ter informação atualizada” sobre as “necessidades experimentadas” pela população.
O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse aos jornalistas que a intenção é dar uma resposta “quanto possível capaz” às “muitas e prementes” urgências identificadas.
“Pretendemos fazer mais. Esperamos, naturalmente, a ajuda do Estado para que possamos responder melhor” às “reais urgências que há na sociedade portuguesa”, declarou o padre Manuel Morujão, após uma reunião do Conselho Permanente da CEP.
O observatório vai ser orientado pelos polos de Braga e Porto da Universidade Católica Portuguesa.
“Num panorama de crise como o atual, nunca podemos dizer que estamos a fazer suficientemente aquilo que devíamos, há urgências com que acordamos cada dia”, disse o porta-voz da CEP.
A informação “atualizada” será o “ponto de partida realista” para que se possa responder “às prioridades verificadas”, adiantou o padre Manuel Morujão.
O trabalho do observatório vai ser desenvolvido em colaboração com a Cáritas Portuguesa e as Misericórdias.
Os dados recolhidos serão um “contributo da Igreja” para o “panorama geral”, ficando ao dispor de instituições eclesiais, políticas e da sociedade que “têm uma palavra a dizer na solução dos problemas”.
O Conselho Permanente é um órgão delegado da assembleia dos bispos católicos em Portugal, com funções de preparar os seus trabalhos e dar seguimento às suas resoluções, reunindo-se ordinariamente todos os meses.
OC