Portugal: Bispo do Porto presta homenagem às vítimas da tragédia de Entre-os-Rios

Presidente da República esteve presente nesta cerimónia no primeiro 4 de março após a tomada de posse

Entre-os-Rios, 04 mar 2017 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu hoje a uma celebração religiosa em homenagem às 59 vítimas da tragédia de Entre-os-Rios, de há 16 anos, e afirmou o “respeito” pelos que partiram e a “coragem” dos seus familiares.

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. António Francisco disse que os familiares das 59 vítimas transformaram as “59 velas em estrelas que brilham no céu, ajudando-os a sonhar o futuro, com coragem".

No dia 4 de março de 2001, o tabuleiro da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, no distrito Porto, colapsou provocando a morte a 59 pessoas, passageiros de um autocarro e três carros que faziam a travessia entre as margens do Rio Douro nesse momento, a maioria do concelho de Castelo de Paiva.

16 anos após o acidente de Entre-os-Rios, o presidente da República esteve presente no “primeiro 4 de março posterior à tomada de posse” para afirmar a “homenagem”, o “respeito” e a “gratidão” aos que partiram e também “aos que souberam ficar e honrar os que partiram”, disse na ocasião marcelo Rebelo de Sousa.

A homenagem às vítimas da tragédia na ponte Hintze Ribeiro incluiu uma celebração religiosa presidida por D. António Francisco no monumento construído junto à ponte, na margem esquerda do rio Douro, conhecido como ‘Anjo de Portugal’, e contou com a presença do presidente da República, do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e dos presidentes de Câmara de Castelo de Paiva, Cinfães, Penafiel e Marco de Canaveses.

Para D. António Francisco, a tragédia de Entre-os-Rios “continua presente” na vida de todos os portugueses e recordá-la é uma ocasião para manifestar o “respeito por aqueles que faleceram” e valorizar a “coragem” dos seus familiares.

O bispo do Porto disse que os familiares das vítimas não deixaram “cair os braços”, “não abandonaram a fé, nem se revoltaram”, antes procuraram “sonhar o futuro”, nomeadamente pela constituição da Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios.

“Manter a fé viva e querer fazer deste lugar um santuário de fé e oração é para mim a melhor forma de lhes dizer que a vida, para nós crentes, não acaba com a morte, apenas e transforma”, recordou D. António Francisco.

Após a cerimónia junto ao monumento ‘Anjo de Portugal’, o presidente da República, o bispo do Porto e todos os participantes nesta evocação, percorreram o tabuleiro da atual ponte para lançar ao rio Douro 59 flores, em memória das 59 vítimas, e largar dezenas de balões brancos em homenagem aos que partiram nesse acidente de uma noite chuvosa de 4 de março de 2001.

PR

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