Bênção das grávidas realizou-se pela primeira vez na arquidiocese
Braga, 17 dez 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga, que este domingo presidiu a uma missa na sé local onde pela primeira vez abençoou as grávidas, pediu ao Governo a criação de “benefícios fiscais para aumentar a natalidade”.
D. Jorge Ortiga, citado pela edição de hoje do ‘Diário do Minho’, frisou que os filhos “não podem ser encarados como um fardo” mas devem ser “motivo de alegria” para um casal, acrescentando que “a maternidade é uma experiência única”.
Num período em que há “uma redução da natalidade” em Portugal, o prelado sublinhou que a bênção das grávidas é um “gesto de preparação natalícia” que tem um “significado muito especial”.
“Temos o dever de mostrar a sublimidade de ser mãe e ser pai, particularmente nos tempos que correm”, disse o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana perante 50 grávidas e centenas de outros fiéis, adiantando que a bênção vai repetir-se.
Depois de salientar que a Igreja Católica não se limita a olhar o casamento “na sua função procriativa”, D. Jorge Ortiga afirmou que “quando os pais não se demitem do seu dever experimentam uma verdadeira alegria, mesmo que com lágrimas nos olhos”.
O número médio de filhos por mulher em Portugal é um dos mais baixos do mundo: em 2010 foi de 1,3, abaixo de 2,1, índice necessário para garantir a renovação geracional.
DM/RJM