Porto: Exposição mostra «alma do Douro» com criação artística contemporânea

Fotos e vídeos centram-se na diversidade do património e na relação com as comunidades

Porto, 09 mar 2015 (Ecclesia) – O Secretariado Diocesano de Liturgia do Porto – Departamento de Bens Culturais da Igreja promove até ao próximo dia 15 a exposição ‘Viagens com Alma no Douro – A via para os novos mundos’, com criação artística contemporânea.

 “Este trabalho é um desafio aos novos criadores de reinterpretação, de novo olhar, de devolver também às comunidades, à população, este património”, explicou Joana Meneses Fernandes, da direção de conteúdos da exposição.

A mostra está patente no Palácio das Artes (Largo de São Domingos, Infante) e reúne seis trabalhos, três em fotografia e três em vídeo, de dez jovens artistas, selecionados e premiados entre cerca de 40 projetos recebidos.

‘Cianotipia em pano-cru’, de Catarina Gonçalves e João Lima (Limamil), foi realizado em vários locais onde “onde havia catequese” com as crianças e com pessoas da comunidade.

Segundo João Lima, este trabalho fotográfico tem a “alma das pessoas, dos locais e do convívio” que estabeleceram para além da “entrega” dos autores.

As dez peças expostas tocam de “forma diferente” o artista plástico, o qual revela que o processo criativo teve alterações no terreno, uma vez que as pessoas “discutiam as próprias ideias”, dando origem a um processo de criação “livre”.

Também patente na exposição, ‘Para quem tocam os sinos?’ é um trabalho em vídeo sobre o património arquitetónico das igrejas do Porto.

André Vieira e Priscilla Fontoura esperam que as pessoas “encontrem alguma alma” afinal tentam transmitir “uma experiência sensitiva, sensorial”.

A realizadora independente Priscilla Fontoura disse à Agência ECCLESIA ter concluído que os sinos não tocam apenas para “os pássaros” ou “para a alma” que está presente na cidade, mas “essencialmente” para todas as pessoas que moram e que passam pelo Porto.

“Gostei de perceber que há vários turistas que vão às igrejas”, observou.

Na mostra, os visitantes têm ainda acesso aos trabalhos vídeo ‘Talha Douro’ e ‘Santos do Douro’, respetivamente de Leonel Meneses/Sara Pereira e de Mariana Marques; na fotografia estão também expostos ‘Oragos Privados’, de Marlene Pinto e Sérgio Rolando, e ‘Do Lugar, para a Matéria, Sobre a Memória’ de Paulo Cunha Martins.

Joana Meneses Fernandes considera ainda que as ‘Viagens com Alma no Douro – A via para os novos mundos’ são um projeto “muito interessante”, resultado de um trabalho feito com “muita alma” ao longo de oito concelhos – Baião, Castelo de Paiva, Gondomar, Marco de Canaveses, Penafiel, Porto, Santa Maria da Feira (Canedo) e Vila Nova de Gaia – nas margens do rio Douro.

LFS/CB/OC

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