Porto: Cónego Joaquim Santos refletiu sobre os «desafios da escuta sinodal» na diocese

Ciclo de conferências do Centro de Cultura Católica convida a estarem «juntos por um caminho novo»

Porto, 10 nov 2022 (Ecclesia) – O cónego Joaquim Santos, da Comissão Sinodal do Porto, disseque é importante continuar a dinâmica sinodal, escutando Deus, os irmãos, e ter em conta a escuta realizada, falando no ciclo ‘Abraça o presente: Juntos por um caminho novo’.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o Centro de Cultura Católica (CCC) do Porto, que organiza o ciclo de conferências, refere que o sacerdote sustentou que a escuta sinodal pode produzir resultados mais imediatos.

‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão’, é o tema do processo sinodal, convocado pelo Papa Francisco, que está a decorrer até outubro de 2024; a 16ª assembleia geral do Sínodo dos Bispos começou, em outubro de 2021, com um processo inédito de consulta, de forma descentralizada, a nível de cada diocese, que preparou os encontros continentais que vão decorrer nos próximos meses.

O cónego Joaquim Santos, da Comissão Sinodal da Diocese do Porto, destacou a significativa participação diocesana nesta consulta sinodal, referindo-se ao tempo da sua implementação e ao facto de ser uma realidade nova em contexto diocesano.

Na conferência ‘A sinodalidade: Desafios a partir da escuta sinodal da Igreja do Porto’, realizada por meios telemáticos com “113 dispositivos ligados”, o orador, que coordenou a escuta sinodal e a redação da síntese diocesana, assinalou a convergência das respostas desta Igreja local com o sentido geral da síntese nacional, elaborada pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), como com o documento de preparatório da atual fase continental.

Na segunda sessão do ciclo ‘Abraça o presente: Juntos por um caminho novo’, organizado pelo Centro de Cultura Católica e pelo diaconado permanente portucalense, o cónego Joaquim Santos refletiu também sobre os temas mais debatidos, os que geraram consenso, como “a pouco participação na vida eclesial dos jovens e dos jovens adultos, as divisões entre as pessoas que participam nas atividades eclesiais, a dificuldade de encontrar uma linguagem compreensível nas palavras e nos sinais”, e também os temas que não foram consensuais, sobre “a inclusão de quem não vive em regra com a moral cristã ou os que referem o celibato opcional dos sacerdotes, à ordenação de homens casados ou à ordenação diaconal e presbiteral de mulheres”.

O orador começou por evocar a continuidade do processo sinodal, lembrando a publicação do documento de trabalho da etapa continental (DEC), intitulado ‘Alarga o espaço da tua tenda’.

O CCC informa que esta iniciativa está em sintoniza com o Plano Pastoral da Diocese do Porto que numa das linhas programáticas indica a necessidade de ‘dar atenção e seguimento à síntese da fase diocesana do processo sinodal’.

A próxima sessão tem como tema ‘A hospitalidade e a prática do acolhimento pastoral’, e vai ser apresentada pelo padre Manuel Monteiro Mendes, pároco de Esmoriz, no dia 6 de dezembro, às 21h00.

O ciclo de conferências continua em 2023, com mais quatro conferências: ‘As instâncias eclesiais de corresponsabilidade pastoral’, padre Emanuel Brandão de Sousa, pároco de Matosinhos (3 de janeiro); ‘Escutar e acompanhar na fragilidade’, pelo Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde (7 de fevereiro); ‘O discernimento em contexto de sinodalidade’, pelo professor Alexandre Freire Duarte, da Faculdade de Teologia e do CCC (2 de maio), e ‘Famílias acolhedoras de famílias’, pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar (6 de junho).

CB/OC

 

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