Porto: Caminhada da Quaresma «ajuda a aprofundar dimensões da vivência, da celebração» – Padre Amaro Gonçalo (c/vídeo)

Videira e prefixo «re», «de renovação da vida», acompanha itinerário «todos os domingos» até à Páscoa

Lisboa, 12 mar 2020 (Ecclesia) – O padre Amaro Gonçalo, da Diocese do Porto, disse à Agência ECCLESIA que a campanha da Quaresma quer aprofundar “a consciência e a experiência do batismo”, com o tema ‘Todos aqui renascemos’, em sintonia com o triénio pastoral dedicado à iniciação cristã.

“Um itinerário que ajuda a aprofundar dimensões da vivência, da celebração e que conduz ao renascimento”, disse o sacerdote, pároco da Senhora da Hora (Matosinhos).

Na Diocese do Porto, desde 26 de fevereiro, com a celebração de Quarta-feira de Cinzas, que o tema ‘Todos aqui renascemos’ dá mote à caminhada da Quaresma à Páscoa 2020.

O padre Amaro Gonçalo explica que pegaram na “inspiração” do prefixo “re” e procuram “situá-lo em cada semana” da Quaresma, depois de ‘renunciar, o valor da renúncia é também um elemento batismal” e os candidatos ao batismo antes de professarem a fé “são chamados a renunciar”, na primeira semana, atualmente a diocese centra-se no verbo “revestir”, no contexto da “transfiguração, o Cristo revestido de glória”.

“Renovar”, a partir deste domingo, dia 15 de março, é próximo passo a partir do Evangelho da Samaritana e da “simbologia da água que por onde passa recria, renova, transforma”, depois o convite é a “reconhecer” (4.º domingo da Quaresma) e o “conhecimento progressivo do cego que vai passo a passo reconhecendo Jesus”, para começarem a “reviver”, com “a ressurreição de Lázaro”, e no Domingo de Ramos (a 5 de abril) e início da Semana Santa as comunidades refletirem sobre o “reinar”.

O sacerdote da Diocese do Porto assinala que terminam o itinerário da Quaresma à Páscoa com o verbo “ressuscitar”, que é “a meta de todo o caminho”: “Ressuscitar com Cristo para uma vida nova no batismo”.

O padre Amaro Gonçalo contextualiza que o prefixo “re” foi inspirado no prefácio do bispo do Porto, D. Manuel Linda, no plano pastoral que destacou ser “um prefixo importante para compreender o batismo enquanto regeneração, como renovação, renascimento”.

“Nós que somos batizados, a maioria dos que escutamos estes textos e que participamos nas celebrações, o que precisamos é redescobrir o batismo, renovar a profissão de fé batismal, trata-se de uma pedagogia para batizados e candidatos ao batismo”, desenvolveu.

Segundo o sacerdote, na Diocese do Porto procura-se “aproveitar” os tempos litúrgicos para uma “espécie de mistologia, uma educação, pedagogia para entrar e penetrar” no que são os símbolos, os sinais, “nas realidades que celebram no sacramento do batismo”, que é o tema central do “primeiro ano do triénio dedicado à Iniciação Cristã”.

Como dinâmica sugeriram às comunidades a simbologia da videira, para ser “colocada à volta do batistério ou junto do altar.

“O batismo é um excerto em Cristo, somos ramos dessa videira pelo enxerto em Cristo. Queremos que semana a semana vamos redescobrindo a graça daquilo que nos aconteceu”, desenvolveu o padre Amaro Gonçalo, que esta sexta-feira, 13 de março, vai apresentar quatro livros sobre o batismo, às 21h30, na Paróquia de Nossa Senhora da Hora.

A Quaresma é um tempo de 40 dias marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 12 de abril.

PR/CB

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