D. Manuel Clemente participou na jornada diocesana de Pastoral Familiar
Porto, 04 fev 2013 (Ecclesia) – O bispo do Porto marcou a última jornada diocesana da Pastoral Familiar pedindo às famílias católicas que vivam a sua fé através de uma presença mais solidária e próxima junto das camadas desfavorecidas da sociedade.
Segundo um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, pela organização do evento, D. Manuel Clemente salientou que acreditar em Cristo significa não só abraçar “uma relação pessoal e íntima” com Deus mas também adotar um “comportamento” fiel à sua mensagem.
“A fé cristã tem consequências”, entre as quais, “a caridade”, referiu o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, salientando que “quem diz que ama a Deus e não ama os seus irmãos, é mentiroso”.
A Jornada de Pastoral Familiar da Diocese do Porto teve lugar este sábado na Casa do Vilar e foi dedicada ao tema “Fé e Caridade na Família”.
Perante cerca de 260 pessoas, vindas de diversas comunidades da região, D. Manuel Clemente definiu ainda as bases da caridade vivida em Igreja.
Ela deve passar “por uma resposta imediata às necessidades, sem dependência de partidos e ideologias, mas movida pelo coração que vê e atua e por um amor gratuito que nada espera em troca”, exortou.
O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, foi outro dos oradores convidados e criticou as “ambiguidades” que têm surgido na “prática da caridade”, numa sociedade onde “o homem, que tanto anseia o poder, nem sempre é capaz de o pôr ao serviço da humanidade”.
Aquele responsável defendeu a necessidade de praticar uma caridade que seja “libertadora” para os mais desfavorecidos e “assumida” por toda a “comunidade eclesial”, não apenas por “alguns grupos ou pessoas”.
Neste campo, “a família é um espaço de comunhão, de participação e de respeito, e, como tal, um meio privilegiado para a vivência e a aprendizagem da caridade, onde o Evangelho é transmitido e donde o Evangelho deve irradiar”, concluiu.
O evento organizado pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar (SDPF), em parceria com o departamento ligado à pastoral socio-caritativa, teve como objetivo contribuir para a reflexão católica à volta da atual crise económica, e ao mesmo tempo promover o debate sobre a relação dos fiéis com Deus, no âmbito do Ano da Fé.
Para o sacerdote assistente do SDPF, padre Manuel Mendes, “fé e caridade são a razão de ser uma da outra” e a comunidade, a família, um “espaço de compromisso, de discernimento, de participação e encontro, onde, conjuntamente, se refletem as situações de carência à luz da palavra de Cristo e se tomam decisões”.
JCP