Porto: Administrador apostólico pede consistência na procura da paz

D. Pio Alves critica «dominadores que calcam aos pés a dignidade do próximo»

Porto, 02 jan 2014 (Ecclesia) – O administrador apostólico da Diocese do Porto assinalou esta quarta-feira o Dia Mundial da Paz, pedindo aos fiéis que sejam “consistentes” na procura de um novo rumo para a sociedade, na busca de um caminho de “bondade e felicidade”.

Na homilia da missa a que presidiu na catedral portuense, publicada na página diocesana na internet, D. Pio Aves salientou que a construção da paz não pode ser uma realidade “desligada de Deus” e que quem “rompe a relação filial” com o Pai coloca também em causa a sua capacidade para praticar a “fraternidade”.

 “Em vez de irmãos passa a haver, supostamente, livres e escravos. Na realidade, passa a haver escravos e escravos: escravos de falsos valores, que minam a dignidade humana; escravos de dominadores que calcam aos pés a dignidade do próximo, seu igual”, alertou o prelado.

D. Pio Alves recordou ainda que “o berço da paz da humanidade” é o mistério do Natal, que através de Jesus, Maria e José revelou aos homens o “desígnio amoroso de Deus”: tornar cada homem irmão e herdeiro, “por igual”, de todas as bênçãos do mundo.

“Sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura”, apontou o bispo, citando a mensagem que o Papa Francisco escreveu para o Dia Mundial da Paz deste ano.

“Falar de fraternidade no Dia Mundial da Paz não é um exercício de retórica: é o caminho para a responsabilização de todos e de cada um na reconstrução do lar comum da Humanidade”, referiu D. Pio Alves, desafiando as pessoas a construírem a paz “em primeiro lugar no seio da família”, no “ambiente” de casa, na sua rua, aldeia ou cidade.

JCP

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