Portalegre-Castelo Branco: Diocese desafiou jovens a reflexão vocacional da «vida com mais seriedade»

Pergunta ‘Para quem sou eu?’ mobilizou grupos de jovens e movimentos em iniciativa no seminário diocesano

Foto Agência Ecclesia/HM

Portalegre, 18 nov 2019 (Ecclesia) – O Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Portalegre-Castelo Branco promoveu o encontro de jovens ‘Para quem sou eu?’, no âmbito da Semana dos Seminários, com o objetivo de fazer “uma proposta vocacional alargada”.

“Há cerca de quatro anos que venho a este dia aberto e sempre gostei bastante; Esta atividade é bastante boa para sabermos o que é a vida de um seminarista”, disse a jovem Mariana Sardinha em declarações à Agência ECCLESIA.

A jovem de Portalegre, que está no primeiro ano do Curso de Economia, na Universidade Católica Portuguesa, revela que ainda não pensou muito no futuro vocacional mas a vida consagrada “é uma hipótese”.

Já o escuteiro António, do Agrupamento 142 de Portalegre, do Corpo Nacional de Escutas, adianta que no seu caso o futuro “não se enquadra” numa vocação consagrada mas estas atividades “dão sempre um pouco que pensar sobre a vida católica”.

“Queremos desmistificar o que é um seminário, mas não queremos que sejam todos seminaristas ou padres”, afirmou a irmã Maria Fernanda Luz, diretora do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Portalegre-Castelo Branco.

O encontro deste sábado foi promovido no âmbito da Semana de Oração pelos Seminários e a religiosa da congregação Filha de Maria Auxiliadora assinalou que querem que os jovens “se habituem a escutar”.

“A escutar-se a si mesmos, a escutar o Senhor para depois poderem decidir”, explicou a diretora do Secretariado Diocesano da Pastoral Juventude e Vocações de Portalegre-Castelo Branco.

O encontro de jovens teve como tema a pergunta ‘Para quem sou eu?’, do Papa Francisco na exortação apostólica pós-sinodal ‘Cristo Vive’.

“A dimensão é que acolham e se acolham como pessoas que têm uma missão e são uma missão”, desenvolveu a irmã Maria Fernanda Luz.

Neste contexto, foi proposto aos mais novos “encontrar” a resposta à questão ‘Para quem sou eu?’ “através de jogos” e aos mais velhos foram apresentados momentos “de reflexão, trabalho de grupo, partilha” e “confronto com os seminaristas”.

Foto Agência Ecclesia/HM

“O maior testemunho que posso dar é ter confiança e não desistir. Se realmente na sua vida sentem este apelo da parte de Deus sigam e não tenham medo de arriscar, de dar toda a sua vida, se for essa a vontade de Deus”, disse o seminarista Gonçalo Gomes, a partir da sua experiência vocacional.

O seminarista, de Escalos de Baixo, que entrou no ano propedêutico e está no Seminário de São José, comenta que, às vezes, os jovens andam “tão atarefados com outras coisas” que não dão “espaço para que Deus atue”, coisas que “os afastam” de procurar “o sentido de Deus para a sua vida”, seja a vida matrimonial, de leigo, de padre ou de consagrado.

“O desafio a cada dia é muito de procurar qual é a vontade de Deus e tentar fazer que a nossa vontade seja também essa vontade, muito na perspetiva de procurar a felicidade”; acrescentou Diogo Fernandes, que está no segundo ano, no Seminário dos Olivais, em Lisboa.

Neste contexto, explica estar no seminário “é muito procurar a vontade de Deus que é no fundo procurar a felicidade”.

‘Jovens, que Igreja?! Dar voz aos jovens e ouvi-los’ é o tema da Diocese de Portalegre-Castelo Branco para os próximos três anos, até à Jornada Mundial da Juventude de 2022, em Lisboa.

HM/CB/PR

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