Política cristã: um serviço para o bem comum

Encontro juntou testemunhos de Guilherme Oliveira Martins, Zita Seabra, Souto Moura e Roberto Carneiro Pessoas de várias origens e diferentes tendências com uma característica comum: serem católicas. No passado fim de semana o compromisso cristão e o compromisso social e político estiveram em reflexão mostrando que estas duas dimensões não são dissociáveis, mesmo em pessoas com cargos políticos e profissões públicas. Personalidades tão distintas quanto Guilherme Oliveira Martins, Rui Marques, Zita Seabra, José Souto Moura, Bagão Félix, Manuel Braga da Cruz, Roberto Carneiro, Carlos Zorrinho, Paula Moura Pinheiro, Jorge Braga de Macedo partilharam os seus testemunhos de cristãos com responsabilidades públicas. “Dois amores, duas cidades – A cidade de Deus e a cidade dos Homens, espiritualidade e compromisso social e político”, deu o mote para a partilha que se baseou na área de intervenção de cada um, na forma como o ser cristão influência essa acção, “e também no que a Igreja faz ou podia fazer”, explica o Padre António Vaz Pinto, coordenador do encontro, à Agência ECCLESIA. “O encontro foi muito variado em si, pelo facto de termos juntado experiências diferentes. Todos os participantes procuraram com grande liberdade responder às questões colocadas e encontramos experiências de encontro e dificuldade, trajectória de pessoas que chegaram à política via Igreja e vice versa”, recorda o coordenador do encontro. Não se pretendia chegar a conclusões, mas para o Pe. António Vaz Pinto foi notório chegarem a algumas constatações. Fé e compromisso não se opõem, “mas ajudam-se mutuamente, mas o compromisso acarreta sempre dificuldades”, refere. O facto de estarmos numa sociedade plural e secular “pede uma intervenção dos cristãos para toda a sociedade, aberta a todos” e que foram vistos “traços comuns na preocupação activa pelos mais desfavorecidos”, recorda o coordenador do encontro. A organização do encontro pretendia dar um sinal que as pessoas com cargos públicos têm o compromisso cristão. Numa altura em que a política é alvo de algum descrédito “é importante que os cristãos não abandonem a política, porque a esta não é necessariamente «um jogo de mãos sujas»”, mas que é preciso contribuir para esta sociedade dos homens “e para isso há uma responsabilidade de todos os cristãos”, sublinha o Pe. Vaz Pinto, porque “a política cristã é um serviço para o bem comum”. Está em aberto a continuidade destes encontros.

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